Por: Redação da Rede Brasil Atual
São Paulo – Uma das bandeiras dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e da atual presidenta, Dilma Rousseff, o programa Luz Para Todos completou oito anos na sexta-feira (11). Lançado em novembro de 2003, o balanço é de 2,8 milhões de domicílios em áreas rurais atendidas, o que equivale a 14,3 milhões de pessoas até setembro deste ano. O desafio colocado é de alcançar a população que vive em condição de extrema pobreza.
O programa foi prorrogado em julho deste ano, por meio de decreto presidencial, por mais quatro anos. A integração ao Brasil sem Miséria – conjunto de ações voltadas a famílias com renda per capita de até R$ 70 mensais – decorre do papel que a energia elétrica pode ter para atividades econômicas.
Além dos extremamente pobres, famílias em assentamentos da reforma agrária, quilombolas e indígenas e pessoas atingidas por barragens de hidrelétricas ganharam prioridade. O governo evita, no entanto, trabalhar com novas metas, já que os locais tendem a ser mais distantes e de mais difícil acesso.
A meta inicial do programa era de chegar a 2 milhões de famílias, número calculado a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número foi alcançado em maio de 2009, mas já estava claro para o Ministério de Minas e Energia que era necessário ir além, porque havia milhares de pessoas sem acesso à energia elétrica não mapeados pelas informações oficiais.
Ao garantir acesso gratuito a energia a populações do meio rural, o Luz para Todos tem um papel importante na capacidade de produção, já que proporciona atividades econômicas no campo e ajuda a combater a pobreza. Isso inclui do preparo e conservação de alimentos a equipamentos mais adequados para inúmeras atividades.
Outro impacto é menos localizado, mas envolve até alguns segmentos da indústria, já que a maior parte dos domicílios passaram a contar com televisores (79,3%), geladeira (73,3%) e aparelhos de som (45,4%), segundo dados de 2009.
Por causa do alcance, o Luz para Todos é a maior iniciativa de "inclusão energética" do mundo, segundo o governo. Ainda de acordo com dados oficiais, 687,1 mil emigrantes que haviam deixado áreas rurais para tentar a vida em centros urbanos voltaram ao local de origem nos últimos oito anos. Parte desses retornos é atribuído à chegada da energia elétrica.
A maior parte do custeio do programa é feito pelo governo federal. Dos R$ 19 bilhões investidos, R$ 10,8 bilhões saíram dos cofres da União para concessionárias de energia elétrica e cooperativas de eletrificação rural. Foram 7 milhões de postes, 1 milhão de transformadores e 1,37 milhão de quilômetros de cabos.
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