segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ao "governador" Simão Jatene


Senhor governador Simão Jatene,


Acabo de receber de um leitor que nem conheço, mas que viu, ficou indignado e copiou comentário do seu secretário de Comunicação, Ney Messias, em que, covardemente, como é de seu feitio, me chama de cadela. Sim, ca-de-la. O que o senhor sentiria se tais palavras e atitudes fossem dirigidas à sua esposa e à sua filha? Pois pense no que eu, o meu marido, a minha filha e os demais membros da minha família estão sentindo agora. Para dirimir dúvidas, leia a postagem aí em cima. Fui verificar a infâmia e ele, fiel à sua trajetória torpe, apagou o post. Mas eu o tenho a salvo, para mostrar a todos a sua verdadeira face, revelada por si mesmo.

É isso que o senhor oferece a uma cidadã honesta, servidora pública estadual com 28 anos de serviço, que trabalhou e muito no seu governo anterior, acreditando na sua honestidade de propósitos? Um secretário de Comunicação que se porta de forma imunda, agride a todos os que não fazem parte de sua panelinha, passa o dia inteiro escrevendo bobagens no twitter – com conteúdo e grafia só admissíveis para um pré-adolescente -, pago pelo dinheiro do povo?!


O senhor sabe que o seu secretário de Comunicação ofende a qualquer um que ouse exercer o direito constitucional de livre manifestação e expressão nas redes sociais? Que vive a espalhar boatos afrontando a honra alheia? Que ao invés de trabalhar para merecer o salário e vantagens que usufrui – bancado pelo meu, pelo seu, pelo nosso dinheiro como contribuintes - comete injúrias, calúnias e difamações no horário de expediente? O senhor tem conhecimento de que ele chegou ao ponto de ligar para o chefe de uma jornalista da TV Liberal – sem o consentimento dos donos, é óbvio – e pedir a cabeça dela só porque ela retuitou algo de que ele não gostou? E que agiu da mesma maneira com mais duas jornalistas? Isso tem nome, e se chama coação moral, intimidação, abuso de autoridade. Isso é crime. O senhor aprova tal conduta? É isso que o senhor considera Comunicação Social?


O senhor lembra de quando reuniu os jornalistas que atuavam no seu governo anterior e falou de trabalhar com paixão? Eu lembro. Eu acreditei. Dei o meu sangue, renunciei à minha vida pessoal e à minha saúde. Para que? Para o seu atual secretário de Comunicação enxovalhar publicamente a minha honra? Para o seu atual governo abrigar em cargo do primeiro escalão um indivíduo sem a menor qualificação e que não cumpre os mais básicos requisitos e deveres do serviço público, nem respeita os princípios insculpidos na nossa Constituição?!


Eu exijo que o seu nefando secretário de Comunicação me respeite, como ser humano, mulher, mãe, jornalista, advogada, servidora pública, cidadã! Tal ignomínia não pode ser perpetrada impunemente. Se o senhor acobertar esse comportamento será no mínimo conivente.


O Estado do Pará não merece tão abominável personalidade em cargo público cujas atribuições envolvem justamente fazer a ponte entre o governo e a sociedade. A imediata exoneração desse sujeito é a única resposta sua à necessidade imperiosa de observar os princípios da moralidade, legalidade, impessoalidade e finalidade, que regem a Administração Pública, e que devem nortear seus agentes.


Para o senhor ter uma ideia do que pensam do seu secretário de Comunicação, sugiro que leia os comentários A fogueira da vaidade no meu blog e no Facebook, dos quais destaco um que é de eleitor seu:


“Como compositor, escritor e artista plástico, posso falar por conhecimento!Realmente o governo PODERIA “se quisesse” ajudar, evitarei relatar o óbvio abaixo!


Tem o MELHOR estúdio das regiões Norte e Nordeste na rádio Cultura, porém tente conseguir gravar lá, nem pagando quanto mais de graça!


Nunca patrocinou um único festival com eliminatórias nos quatro cantos do estado!


Nunca teve um único projeto com o objetivo de divulgar nossos trabalhos lá fora, exceto uma única vez na França porque pelo teor do evento era obrigado!


Nunca procurou levantar o nosso carnaval, os compositores paraenses são requisitadíssimos além de nossas fronteiras vide Rio e São Paulo onde vendem autoria obrigados pela necessidade e São Luiz e Macapá onde quase 90% dos sambas de enredo que cantam ou cantaram na passarela são nossos!


A cidade da Vigia exporta músicos para o mundo e tem não uma e sim TRÊS das escolas de músicos mais antigas do PAÍS existindo sem um centavo de subvenção (da prefeitura, do estado ou de Brasília), apenas na base do talento!


Na divulgação da parte literária na nossa Feira Pan Amazônica os escritores paraenses não têm ao menos uma estande de destaque, nossos livros ÀS VEZES são comprados para compor biblioteca e quando os livros são vendidos no varejo via cartão Banpará pode esperar 60 dias para o reembolso!


Tente uma exposição de artes plásticas (belas artes) ou publicar qualquer tipo de imagem através da Secretaria de Cultura incluindo pintura, fotografia, desenho, gravura, escultura, charges, caricaturas, e correlatos sem ser explícito que te perguntam O QUE É ISSO ?


No encerramento da última Feira Pan Amazônica (a primeira do atual governo) ouvimos a cantora italiana Mafalda Minnozzi, o percussionista paulista Kabé Pinheiro, no violão e guitarra o maranhense Ricci e o Felipe Alves também paulista no baixo!


Garanto que tocando e cantando as mesmas músicas nós não faríamos feio e que no quesito guitarra e percussão daríamos de 10 a 0, porém perderíamos no quesito cachê, sem passagem, hospedagem e alimentação !


O governador e todos que estavam presentes ouviram de minha boca no encontro de artistas no comitê da Pedro Álvares Cabral antes do segundo turno estas palavras: “Jatene o estado é um celeiro de intelectuais de uma obra só, por falta de apoio”, ele concordou porém expôs que haveriam outras prioridades, contudo se fez entender que no seu governo não seria “Casa de ferreiro espeto de pau” e encarregou o Ney “NA HORA” de “FAZER ACONTECER”! O resto todo mundo conhece!


*** Divulgação só elege poste quando passa a imagem de sua utilidade, seja como suporte de lâmpada, seja como condutor de fio, dissimulando o obstáculo para pedestre***


E como Jatene não é poste se houver continuidade evitará colocarem “concreto” na sua forma ainda esse ano, afinal 2012 é um ano de jogo por ser um ano par!”


Aguardo a única atitude justa e correta que o senhor pode tomar, governador Simão Jatene.
Respeitosamente,


Franssinete Florenzano


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