segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

PM’s baianos ensinam como perder a razão




A maior parte da grande imprensa de abrangência nacional desencadeou uma campanha que atenta contra os mais elementares conceitos de lógica, de humanismo e de decência. Na tentativa de manipular a opinião pública para que pense que os crescentes abusos de direitos humanos praticados pelas forças de repressão do Estado de São Paulo pertencem a um quadro que se reproduz no resto do Brasil, inventa uma comparação descabida.


Estão comparando os abusos no Pinheirinho com a greve de policiais militares na Bahia. Não se entende, porém, como comparar abusos cometidos pela PM paulista sob ordens dos Poderes Executivo e Judiciário de São Paulo com esses abusos que vêm sendo cometidos pela mesma PM, só que da Bahia, que age CONTRA a vontade do Executivo e do Judiciário baianos.


Descartada a comparação sem nexo, vejamos a razão que teriam os policiais baianos para fazerem o que estão fazendo – o que inclui atacarem a população, desrespeitarem decisões da Justiça e atacarem o patrimônio público.


Como cobraram que me posicionasse, quero dizer que, pessoalmente, acho que os PM’s tinham e têm razão de se queixar tanto na Bahia quanto em qualquer outra unidade da federação.


Aliás, por São Paulo ser um tantinho mais rico do que a Bahia, não se entende como os PM’s paulistas não reclamam de forma audível, pois, proporcionalmente, ganham menos do que os congêneres baianos. Isso sem falar do custo de vida. O salário de um PM baiano certamente compra muito mais do que o de um PM paulista.


Ora, mas os abusos que os policiais baianos estão praticando ao agirem como os bandidos que têm por profissão combater, ou derivam de extrema estupidez ou de má fé, a qual pode se originar de manipuladores do movimento paredista em curso no Estado nordestino.


Os salários de ao menos policiais e professores, no Brasil, são absurdamente baixos em comparação com os países desenvolvidos, nos quais essas profissões são prestigiadas, pelo menos até antes do processo de degenerescência econômica que eclodiu na maioria desses países nos últimos anos. Um movimento por recuperação salarial, portanto, parece-me justo, mas só até o ponto em que seja pactuado um atendimento mínimo à população.


O que se vê neste momento na Bahia, no entanto, é o contrário: atendimento mínimo vira piada quando os grevistas passam a agir como bandidos ATACANDO A POPULAÇÃO para intimidar o governo do Estado. Ou seja: o governo baiano não é autor do que faz a sua polícia descontrolada: está sendo desafiado e chantageado por ela. É o oposto do que ocorre em São Paulo. Os grevistas baianos, assim, passaram de vítimas a vilões.
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CONHEÇA OS SALÁRIOS DOS POLICIAIS MILITARES DO BRASIL.


Salários em ordem decrescente de valor:


1º – Distrito Federal – R$ 4.129.730

2º – Sergipe – R$ 3.012.000

3º – Goiás – R$ 2.722.000

4º – Tocantins – R$ 2.611,010

5º – Mato Grosso do Sul – R$ 2.176.000

6º – São Paulo – R$ 2.170.000

7º – Paraná – R$ 2.128,00 10

8º – Amapá – R$ 2.070.000

9º – Minas Gerais – R$ 2.041.00 (+ 10% concedido em OUT 2011).

10º – Maranhão– R$ 2.037.39

11º – Bahia – R$ 1.927.00

12º – Alagoas – R$ 1.818.56

13º – Rio Grande do Norte – R$ 1.815.00

14º – Espírito Santo – R$ 1.801.14

15º – Mato Grosso – R$ 1.779.00

16º – Santa Catarina – R$ 1.600.00

17º – Amazonas – R$ 1.546.00

18º – Ceará – R$ 1.529,00

19º – Roraima – R$ 1.526.91

20º – Piauí – R$ 1.372.00

21º – Pernambuco – R$ 1.331.00

22º – Acre – R$ 1.299.81

23º – Paraíba – R$ 1.297.88

24º – Rondônia – R$ 1.251.00

25º – Pará – R$ 1.215,00

26º – Rio Grande do Sul – R$ 1.172.00

27º – Rio de Janeiro – R$ 1.031,38
Essa é a tabela com o salário inicial de todos os Policiais Militares do Brasil.

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