sábado, 31 de março de 2012

Cachoeira é o governador tucano de Goiás.




Cachoeira (E) manda no Perillo (D)



Saiu na capa da Carta Capital reportagem de Leandro Fortes:


“O crime no poder.”Segundo investigação da Policia Federal, Carlinhos Cachoeira mandava e desmandava no Estado de Goiás, que, na teoria, é governado por Marconi Perillo, um tucano frente e verso.


Leandro já tinha demonstrado que Demóstenes ficava com 30% da receita do Cachoeira.


E, quando tentaram desmenti-lo, Leandro matou a cobra.


Agora, nesta edição que chega às bancas, ele mostra:


“Em conversas telefônicas, o bicheiro jacta-se da influência sobre Perillo e sempre recorria a Demóstenes Torres, vulgo ‘gordinho’ “O juiz Paulo Lima disse: “É assustador o alcance dos tentáculos da organização criminosa.


”Leandro também conta que o sargento Jairo Martins, da PM de Brasilia, foi quem gravou o famoso vídeo da propina nos Correios, que deu origem ao chamado “mensalão” aquele que, segundo o Mino, ainda está por provar-se.


O sargento Martins operava para Cachoeira.


Leandro reafirma que Policapo Jr., insigne representante do detrito de maré baixa em Brasília, deu mais de 200 telefonemas para Carlinhos Cachoeira.


Mas, afinal, explica-se: a Veja odeia o Brasil, porque o dono, o Robert(o) Civita não passa de um perdedor.


E, perdido por um, perdido por mil.Ainda mais que ele não está na Argentina.


Porque, na Argentina, mandaram os Civita embora.


Viva o Brasil !


Paulo Henrique Amorim


A batata do Agripino (e do Cerra) está assando




No centro da foto, a batata assa: Faustino, Agripino e ele





O MP do Rio Grande do Norte enviou ao brindeiro Gurgel (isso é um perigo !) pedido para investigar o presidente, líder e coronel do DEMO, Agripino Maia, o Varão de Plutarco do Rio Grande do Norte.


Agripino teria – teria – recebido R$ 1 milhão da máfia da inspeção veicular no Estado.


O dinheiro teria sido pago no sotão do apartamento do ilustre senador, em Natal.


Tudo isso está registrado na Operação Sinal Fechado da Polícia Federal.





Outro abatido pela Sinal Fechado, por causa de “irregularidades” na inspeção veicular, foi João Faustino, suplente do insigne senador Agripino.


Faustino trabalhou para o Padim Pade Cerra, no Governo de São Paulo, como braço direito de Aloysio 300 mil, então Chefe da Casa Civil do Padim Pade Cerra.


Depois que a Folha “matou” o adversário Romeu Tuma (no Sírio !!!),


Aloysio 300 mil se elegeu senador.


João Faustino foi apanhado no sinal fechado.


Mas, antes, deu suculenta entrevista em vídeo para dizer que era amigo do peito do Cerra.


Demóstenes, Cachoeira, Policarpo, Faustino – diz-me com quem andas e te direi quem és.



Quem sabe, amigo navegante, Cerra poria o Demóstenes e o Cachoeira para combater os caça-níqueis, o jogo do bicho, a escuta clandestina, a corrupção na indústria de genéricos, o contrabando de cozinhas …


Como se sabe, Cerra é o nosso Putin.

Paulo Henrique Amorim


Em tempo: vejam essa preciosidade que o amigo navegante Juin enviou:

Olha que imagem singela, PHA



O celular invisível da quadrilha de Carlinhos Cachoeira



Após a divulgação na internet da íntegra do inquérito da Operação Monte Carlo, leitores menos familiarizados com o caso indagaram a ausência dos diálogos entre o senador Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira em um processo fundamentado quase que exclusivamente em grampos dos telefones que o bicheiro goiano habilitou nos Estados Unidos.

Há que explicar que o inquérito não citou as escutas que capturou entre o senador e o bicheiro porque o primeiro, por ter imunidade parlamentar, não pôde ser incluído na peça que foi ao judiciário, daí a ausência dos diálogos que constam nas investigações da Polícia Federal.


Nas verdade, nesse inquérito figuram mais telefones do que os 15 citados pelas matérias na imprensa e na internet como tendo sido adquiridos por Cachoeira nos Estados Unidos e entregues à sua quadrilha, que, agora se sabe, inclui o senador pelo DEM de Goiás. Isso ocorre porque, talvez pela certeza de impunidade, até telefones convencionais foram usados pela quadrilha para delinquir.


Outro fato que não foi devidamente explicado e que fonte ouvida pelo blog explicou em contato feito nesta sexta-feira é o de que não teriam sido só 15 telefones Nextel que o bicheiro adquiriu nos Estados Unidos, mas, pelo menos, 18. Destes, três teriam sido adquiridos antes dos outros 15 – um foi entregue ao irmão e outro à ex-mulher do bicheiro. O terceiro era do próprio.


Como costuma ocorrer com pacotes de celulares comprados de operadoras de telefonia, esses telefones têm números seqüenciais. Abaixo, os números dos telefones usados pela quadrilha e que figuram no inquérito que este blog reproduziu no post anterior.



1 – 316010027445095
2 – 316010027445264
3 – 316010027445292
4 – 316010027445309
5 – 316010027446892
6 – 316010027446986
7 – 316010027448599
8 – 316010027449244
9 – 316010027449754
10 – 316010027450123
11 – 316010027450381
12 – 316010027450738
13 – 316010027451241
14 – 316010027451562
15 – 316010027452005
16 – 316010027459804


O primeiro número (316010027445095) era usado por Cachoeira, outros dois pela sua ex-mulher e por seu irmão.


Faltam, portanto, dois telefones. Um deles, que não figura no processo, era usado pelo senador Demóstenes Torres.


Resta um celular perdido, invisível. Alguém arrisca um palpite sobre a quem foi entregue?



sexta-feira, 30 de março de 2012

Quando a imprensa vai mostrar o envolvimento do tucano Marconi Perillo com Demóstenes e Cachoeira?



Por que motivo a imprensa e políticos da oposição estão blindando o governador de Góias Marconi Perillo (PSDB).


Ao que tudo indica,o tucano estão envolvido até o pescoço no escândalo Cachoeira e Demóstenes.
Uma das suspeitas da PF, que será apurada pela Procuradoria-Geral da República em seu inquérito aberto contra o senador, é que ele também municiava Cachoeira com dados sigilosos, inclusive de investigações policiais.


A gravação da PF enfraquece o discurso de Demóstenes no plenário do Senado. Da tribuna, em 6 de março, ele disse conhecer o empresário, mas não as atividades ilegais.


Outro diálogo revela que Demóstenes atuava para ajudar Cachoeira na escolha de integrantes para o governo de Goiás, comandado pelo tucano Marconi Perillo.


Em conversa em janeiro de 2011, o empresário menciona duas vezes o nome do senador a um integrante de seu grupo, de acordo com a PF.


No diálogo, ambos discutem a intervenção do senador na nomeação para um cargo estratégico em Goiás, sem especificar qual. "Já mandei avisar ele. O Demóstenes já está ligando para o Marconi", disse Cachoeira, que repetiu logo depois: "O Demóstenes já ia ligar para ele".


Para lavar dinheiro?

Pelo menos é assim que mostra essas notinhas poblicado hoje na coluna Painel da Folha.


O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é sócio, desde 2008, do empresário Marcelo Limírio na Nova Faculdade, instituição de ensino superior em Contagem (MG). Limírio possui 60%, e Demóstenes, 20% das participações no negócio, que tem uma terceira cotista.


Em um outro empreendimento, Limírio é sócio de Andrea Aprigio de Souza, ex-mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, cujas conexões com Demóstenes vieram à tona na Operação


Monte Carlo, da Polícia Federal. A empresa é o Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF), que existe desde 2002. Limírio se tornou parceiro da empresa em 2006, dois anos após Andrea.


Primeiro suplente de Demóstenes Torres, o empresário Wilder Pedro de Morais -cuja ex-mulher, Andressa, hoje é casada com Carlinhos Cachoeira- afirmou ter R$ 2,2 milhões em espécie na declaração de bens ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2010.



Marconi Pirilo (PSDB), era dono da Faculdade Cambury de Goias. A Faculdade era dirigida pelos testas de ferro PSDB. Giuseppe Vecci,(PSDB) secretário da Fazenda de Goiânia e por sua esposa a diretora-presidente Viviane Vecci. Lá, na faculdade tucana, o ProUni (do Governo Lula) ganhou outro nome OVGE, distribuida com um único critério, que votassem em Marconi Pirilo. Até os filhos dos fazendeiros Goianos frequentava as aulas com sua caminhonete Hilux, tinha bolsa. Enfim, a faculdade servia para tudo, até para lavar dinheiro do Pirilo.Dizem que Cambury foi vendida para a Universidade Católica( Goias)...Bom, mas ai é outro assunto.



Cuidado, Agripino: você pode ser o próximo




Foto: Divulgação



Depois de Demóstenes Torres (DEM-GO), agora é o presidente nacional de seu partido, Agripino Maia, que pode ter problemas; seu nome é mencionado em depoimento de empresário sobre esquema de corrupção na inspeção veicular do Rio Grande do Norte: teria recebido R$ 1 milhão em dinheiro para campanha.



247 – O presidente nacional do DEM, José Agripino Maia (RN), assumiu a liderança do partido no Senado nesta semana, depois da renúncia de Demóstenes Torres (GO) da posição. Mas, assim como Demóstenes, que abriu mão de liderar o partido depois que suas relações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira foram expostas, Agripino também pode ficar sem clima para representar a legenda no Congresso Nacional. Em termo de interrogatório publicado na última quarta-feira por um blog de Natal (http://www.blogdoprimo.com.br/), o senador é mencionado por um empresário como beneficiário de uma doação de R$ 1 milhão em dinheiro vivo para sua campanha de 2010. O repasse o ligaria ao esquema desbaratado pela Operação Sinal Fechado no Rio Grande do Norte.


O depoimento, prestado pelo empresário José Gilmar de Carvalho Lopes aos promotores de Justiça Eudo Rodrigues Leite e Rodrigo Martins da Câmara, faz parte de uma apuração sobre “supostas irregularidades em contratos e convênios do Detran/RN, especialmente acerca de inspeção veicular”. José Gilmar de Carvalho Lopes se apresenta como sócio da empresa Montana – é conhecido como “Gilmar da Montana” – e diz que o empresário e lobidta George Olímpio distribuiu um percentual de 40% de sua parte nos futuros lucros do consórcio INSPAR, contratado para realizar a inspeção veicular no Rio Grande do Norte, para os ex-governadores do estado Iberê Paiva Ferreira de Souza e Wilma Maria de Faria.


A doação de R$ 1 milhão em dinheiro de George Olímpio para Agripino Maia e a Carlos Augusto Rosado (marido da governadora Rosalba Ciarlini) surge, no depoimento, como contraponto para as doações que o mesmo Olímpio teria feito a Iberê Paiva e Wilma Faria – uma espécie de garantia para, no caso de o esquema dar errado, os opositores do governo não se manifestarem. De acordo com José Gilmar de Carvalho Lopes, o valor de R$ 1 milhão “foi acertado no sótão do apartamento de José Agripino em Morro Branco”.


A quantia não foi declarada pelo senador na prestação de conta de sua campanha – pelo menos como sendo proveniente de George Olímpio. O empresário José Gilmar de Carvalho Lopes não apresenta provas sobre o que diz, portanto não se pode, ainda, julgar Agripino Maia ou cravar sua participação no esquema. Mas, num DEM já enrolado com o envolvimento de seu grande expoente com um bicheiro, Agripino podia passar sem essa.



Vazou a íntegra do inquérito que originou a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desarticulou quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis em Goiás. São três volumes imensos, contendo diálogos travados entre Carlinhos Cachoeira e a quadrilha.


A decisão da Justiça Federal de Goiás contém trecho em que transparece espanto com o surgimento do personagem Demóstenes Torres e de jornalistas de grandes meios de comunicação entre os quais, de acordo com o jornalista Luis Nassif, estaria Policarpo Jr., da revista Veja.


Reproduzo, abaixo, três páginas da decisão judicial que determinou prisões e outras medidas envolvendo autoridades de vários níveis em Goiás. O inquérito também insinua envolvimento do governo do tucano Marconi Perillo com o crime organizado.


Quem quiser ter acesso à íntegra do inquérito, pode acessar seus três volumes aqui, aqui e aqui. Todavia, os trechos iniciais da decisão da Justiça dão a dimensão da gravidade do caso. Abaixo, as três primeiras páginas dessa decisão.

Relatório da Operação Monte Carlo cita '... jornalistas para divulgar o que interessa ao crime'.




Vazou na internet a íntegra do Relatório da Operação Monte Carlo. Objetivo, não cita autoridades com fôro privilegiado, como o senador Demóstenes Torres (DEM/GO).


Chama atenção este trecho, contido na parte da decisão do Juiz:


Adivinhem de que revista são os jornalistas detectados nas investigações com estreitos contatos com a quadrilha para divulgação de conteúdo capaz de favorecer os interesses do crime?


Pena que não vazaram ainda os 200 aúdios de um poderoso jornalista daquela revista que vocês estão pensando.


PRÓXIMO DA EXTINÇÃO, DEM LANÇA NOVO LOGOTIPO



Caso Policarpo-Cachoeira: será pior que Murdoch?




Foto: Montagem/247




Silêncio de Veja, que ainda não se manifestou sobre as duzentas ligações grampeadas pela Polícia Federal entre o editor-chefe Policarpo Jr. e o contraventor Carlinhos Cachoeira, que está preso, desperta dúvidas; o Brasil assiste a um escândalo de tipo semelhante ao que levou ao fechamento do The News of the World, de Rupert Murdoch? Será possível encobri-lo?


247 – Relações incestuosas e, portanto, desvirtuadas entre jornalistas e fontes já causaram prisões e fecharam uma publicação secular. Na Inglaterra, ano passado. Diretora executiva da News Corp., o conglomerado de mídia do magnata Ruppert Murdoch, a jornalista Rebekah Brooks chegou a ser presa pela polícia inglesa, interrogada por 12 horas e libertada sob fiança somente após contar o que sabia a respeito do trabalho de apuração que incluía escutas ilegais sobre personalidades do país e aquisição de informações com policiais mediante pagamentos em dinheiro.


O jornal The News of the World, que veiculava o material obtido na maior parte das vezes por aqueles métodos, teve de ser fechado por Murdoch, depois de mais de cem anos de publicação, por força dos protestos dos leitores e do público em geral. Eles se sentiram ultrajados com o, digamos, jeitinho que a redação agia para obter seus furos. Os patrões Ruppert e seu filho James precisaram dar explicações formais ao Parlamento Britânico sobre as práticas obscuras. Ali, foram humilhados até mesmo por um banho de espuma a contragosto.


No Brasil, neste exato momento, a revista impressa de maior circulação do país está com seus métodos de apuração igualmente colocados em xeque. Afinal, o caso das duzentas ligações telefônicas grampeadas pela Polícia Federal, nas investigações da Operação Monte Carlo, envolve num circuito fechado, e privilegiado, um contraventor especializado em se infiltrar em grandes estruturas do establishment e o atual número dois da revista. O jornalista Policarpo Jr., que acumula o cargo de diretor da sucursal de Brasília, pode até ser visto como o número três ou quatro na hierarquia interna, à medida em que, em seu último arranjo de poder, o diretor de redação Eurípedes Alcântara estabeleceu o singular modelo de ter três editores-chefe na publicação. Mas com pelo menos quinze anos de serviços prestados à revista no coração do poder, Policarpo, reconhece-se, é “o cara”. Ele foi repórter especial e seu estilo agressivo de atuar influenciou a atual geração de profissionais de Veja. Eles são temidos por sua capacidade de levantar escândalos, promover julgamentos morais e decretar o destino de reputações. A revista, a cada semana, se coloca como uma espécie de certificadora da moral e dos bons costumes no País, sempre pronta a baixar a marreta sobre o que julga fora dos seus padrões.


O problema, para Veja, é que o jogo de mão entre Policarpo Jr. e Carlinhos Cachoeira pode ter sido pesado, apesar de ainda não estar claro. O silêncio da revista a respeito não contribui em nada para o seu esclarecimento. A aparente relação de intimidade pessoal entre editor-chefe e o contraventor não apenas não é um fato como outro qualquer, como pode ser a ponta do maior escândalo de mídia já visto no Brasil. A não publicação, na edição de Veja que está nas bancas, da surpreendente descoberta de ligações perigosas entre o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) – que na terça-feira 26, sob intensa pressão, renunciou ao posto de líder do partido no Senado – e Cachoeira acentuou a percepção generalizada de que o bicheiro e o jornalista tinham um ou alguns pactos de proteção e ajuda. Será?


O ex-governador José Serra, recentemente, foi apontado pelo ex-ministro em plena queda Wagner Rossi como um dos pauteiros (aquele que define os assuntos a serem abordados) de Veja. Pode ter sido um efeito de retórica do Rossi flagrado pela revista como dono de uma mansão incompatível com seu histórico de homem público. Mas jamais, como agora, houve a suspeita real de que um contraventor pudesse exercer o mesmo papel de, digamos, pauteiro externo da revista. A interrogação é procedente à medida em que, especialmente em Brasília, circulam rumores de que Policarpo comentaria abertamente com Cachoeira os assuntos que seriam abordados em edições futuras da revista e as angulações editoriais das reportagens.


Para qualquer um que trabalhe com informação, conhecer por antecipação o conteúdo de Veja é uma grande vantagem competitiva. Um assessor de imprensa, por exemplo. A posse desse tipo de ativo pode representar a diferença entre um bom contrato e nenhum contrato. Se se abre o espaço para a indicação de assuntos, então, ai o lobista entra no paraíso, passando a ter condições de posicionar seus interesses em espaços nobres que vão da capa à última folha do papel tipo bíblia de Veja, passando pela prestigiada sessão de entrevistas, as páginas amarelas. Será?


Na Inglaterra, em meio às primeiras informações sobre o real modo de agir dos jornalistas do The News of the World, a primeira reação da casa foi também a de silêncio. Em seguida, negativas. Mas os desdobramentos do caso, que incluíram o suicídio de um ex-alto funcionário do governo britânico, levantaram o véu da farsa e a verdade, finalmente, mostrou sua face. Na versão tupi, a suspeita é de que tenha ocorrido, entre Policarpo e Cachoeira, bem mais do que acontece num relacionamento normal entre jornalista e fonte de informação. Cachoeira, via Policarpo, talvez tenha se tornado um observador privilegiado da construção semanal da pauta política da revista, especialmente durante a eclosão do escândalo do mensalão, como afirmou ao 247 o ex-prefeito de Anápolis, Ernani de Paula.


Em nome de ter a notícia em primeira mão, é admissível, do ponto de vista ético, ao profissional da mídia manter relacionamentos privilegiados com quem ele considerar importante para este fim. Mas quase nunca é aceitável fazer com que esses relacionamentos derivem para a não publicação de notícias ou a divulgação parcial dos fatos.


Normalmente, o mundo político espera uma edição da revista Veja para conhecer o conteúdo que ela apresenta sobre os outros. Neste final de semana, o que se quer saber é o que Veja falará dela mesma.


quinta-feira, 29 de março de 2012

Devagar, devagarinho. Mas de volta.









Hoje, numa conversa com o Deputado Brizola Neto, decidimos que o Tijolaço não pode ficar parado, apenas, esperando o tempo da política, o que explicamos aqui aos nossos leitores.


Aí nos chega, então, a melhor e mais significativa notícia política deste ano: a recuperação do ex-presidente Lula que, embora ainda precisando de tempo e terapia para recuperar a velha forma, não tem mais sinais visíveis do tumor em sua garganta.


O melhor do ponto de vista humano, o essencial na disputa política, muito mais que na eleitoral.


A gente republica, então, o vídeo em que Lula agradece a solidariedade de todos nessa recuperação.


Um momento de emoção que nos contagia e nos leva a refletir sobre nosso direito de ficarmos calados, mesmo que isso pudesse ser o mais prudente.


Então, ainda sob minha responsabilidade, o Tijolaço volta, ainda que devagar, devagarinho. Mas inspirado no mesmo espírito enunciado por Lula: com calma, sem levantar a voz, mas também sem deixar de falar o que deve ser dito.


E temos um “estoque” de assuntos a tratar, e vamos fazer isso, começando do hoje e voltando no tempo.


Porque não há cuidado que se possa superpor aos princípios. E princípios não podem ser calados.

Dilma aprova Copa e Fundresp. Cadê a “crise” da Catanhêde ?







O amigo navegante deve se lembrar da “crise”.


Que crise ?


Ora, a “crise” .


É bem verdade que os Governos do Nunca Dantes – que gravou nesta quarta-feira vídeo emocionante para avisar ao Cerra que voltou à luta – e da JK de Saias vivem em permanente “crise” decretada pelo PiG (*).


A mais recente é a da “crise“ parlamentar.


Os jenios (é com “j”,mesmo amigo revisor) do PiG diziam que a Dilma não ia aprovar mais nada no Congresso.


A “crise“ da governabilidade se aprofundava e ela seria afogada na cachoeira do Demóstenes.


O arauto da crise foi a Catanhêde, que participou de memorável debate com o Ciro Gomes, aquele que conhece as “penas amestradas” do PiG (e a alma dos tucanos de São Paulo).


Sempre se soube que o adiamento das votações se devia a um bloqueio de tratores no leito da estrada, montado pelos estadistas do ruralismo.


Enquanto não se votasse o Código Florestal – agora tumultuado pelo neo-líbero-verdismo do Farol de Alexandria – a “crise” paralisaria o país.


A Dilma viajou, brilha na ribalta dos BRICs, e o Congresso votou o Fundresp, que resolve, estruturalmente, o problema da Previdência, e a Lei Geral da Copa, do jeito que os brasileiros querem, e, não, do jeito que o Ricardo Teixeira queria:




Mas, a “crise” continua.


O câncer do Lula não vale mais – assista aqui ao vídeo emocionante, para desespero da “elite da elite”, o Padim Pade Cerra.


Não tem problema: amanhã a Catanhêde arruma outra crise.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Justiça aceita denúncia de formação de cartel em obra do Metrô




Foto: Rafael Sampaio/G1



Quatorze executivos foram acusados de fraudar a licitação para a ampliação da linha 5-Lilás. Segundo o promotor Marcelo Mendroni, eles combinaram quem sairia vencedor em cada um dos trechos




247 - O juiz Marcos Fleury Silveira de Alvarenga, da 12ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou nesta segunda-feira (26) a denúncia contra 14 executivos acusados de formarem um cartel para fraudar a licitação para a ampliação da linha 5-Lilás do Metrô. Se condenados, as penas podem chegar a dez anos de prisão.


A expansão foi dividida em oito lotes, cada um com concorrência diferente. "Chegamos à conclusão de que essas pessoas, representando suas empresas, fraudaram a licitação de forma a combinar quem seriam os vencedores de cada um dos trechos que compõem a expansão", afirmou o promotor Marcelo Mendroni, em entrevista no Fórum Criminal da Barra Funda. As suspeitas foram reveladas por reportagem da Folha em 2010, que mostrou que os vencedores da licitação já eram conhecidos seis meses antes da disputa.


Segundo o promotor, conforme o combinado, cada empresa oferecia em algum trecho preço abaixo das demais para que saísse vitoriosa em um lote. As outras construtoras ofereciam preços acima do limite estabelecido.


O valor total da expansão, que vai da estação Largo Treze da Linha 5-Lilás até as estações Santa Cruz (Linha 1-Azul) e Chácara Klabin (Linha 2-Verde), é estimado em R$ 8 bilhões. Com a fraude na licitação, o prejuízo para os cofres públicos foi de ao menos R$ 232,8 milhões, segundo a denúncia do Ministério Público.


Foram denunciados Anuaar Benedito Caram, Flavio Augusto Ometto Frias, Jorge Arnaldo Curi Yazbec Júnior e Eduardo Maghidman, do consórcio Andrade Gutierrez/Camargo Corrêa; Severino Junqueira Reis de Andrade, da Mendes Junior; Adelmo Ernesto Di Gregório, Dante Prati Favero, Mario Pereira e Ricardo Bellon Júnior, do consórcio Heleno & Fonseca/Tiisa; Roberto Scofield Lauar e Domingos Malzoni, do consórcio Carioca/Cetenco; Carlos Armando Guedes Pascoal, do consórcio Odebrecht/OAS/Queiroz Galvão; e Adhemar Rodrigues Alves e Marcelo Scott Franco de Camargo, da CR Almeida/Cosben.


A denúncia aceita pela Justiça não impede a continuação da obra, por se tratar da esfera criminal, como aconteceu no ano passado. O projeto ficou suspenso entre os dias 18 e 22 de novembro. O promotor afirmou que há indícios da participação de funcionários do Metrô na fraude, mas que são muito frágeis para serem incluídos no processo.

Não façam com Demóstenes o que ele fez com os adversários


Supondo que este blog seja considerado insuspeito de simpatizar com o DEM e similares, faz-se aqui apelo de natureza que não é estranha à página, pois, em outros momentos, saiu em defesa de oposicionistas como, por exemplo, Fernando Henrique Cardoso e Gilberto Kassab, o que fez porque não será se transformando no injusto que o justo irá combatê-lo.


As provas e indícios contra Demóstenes, segundo se vê, vão se amontoando graças a uma operação da Polícia Federal que exala competência e profundidade. Todavia, todo o cuidado é pouco para não desmoralizarem o processo. É extremamente importante que as acusações sejam apuradas com rigor e celeridade, mas também com absoluta seriedade e responsabilidade.


Esta página tem sido crítica do uso pela mídia de suposições e acusações sem indícios minimamente sólidos. Para que tal postura seja respeitável e inspire confiança, o mínimo que deve fazer é pedir que tais critérios valham para todos e não apenas para os políticos e partidos com os quais simpatiza – o Blog da Cidadania simpatiza com o governo Dilma.


Estão surgindo acusações de todo tipo contra o senador pelo DEM de Goiás. Várias delas, porém, ainda não passam de vento. Conclusões apressadas estão sendo tiradas sob os auspícios do mau momento por que passa o ex-acusador mor da República. Não vale a pena entrar em detalhes para não ferir suscetibilidades. Apenas dizer que existem é suficiente.


O que já se tem contra Demóstenes Torres é mais do que suficiente para levá-lo ao Conselho de Ética do Senado, para que o Ministério Público o investigue e, na opinião deste blog, para pedir a ele que tenha a decência de se afastar do seu mandato até que as investigações terminem, pelo menos, até porque vem se recusando a se defender junto aos seus pares.


Não há que inventar algo mais contra o “democrata”. O que já pesa contra ele é mais do que suficiente. Fazerem-lhe acusações que não têm maior sustentação só servirá para que ele desmonte alguma e, assim, coloque todo o resto sob suspeição. E se o benefício do processo contra ele não for suficiente, que seja pelo respeito ao direito que qualquer um tem de não ser linchado.


Entende-se, aqui, a indignação da sociedade e, sobretudo, de adversários de Demóstenes que ele pisou, humilhou e caluniou valendo-se, no mínimo, de indícios circunstanciais, sempre com a ajuda da grande mídia. É neste momento que os seus adversários devem mostrar que são diferentes, até para que, lá na frente, possam reclamar caso sejam injustiçados.


“Cachoeira e Demóstenes armaram o mensalão”




Foto: Edição/247



Quem diz é o ex-prefeito de Anápolis (GO) Ernani de Paula, que conviveu com os dois; ele foi amigo do contraventor e sua mulher Sandra elegeu-se suplente do senador do DEM em 2002; “Cachoeira filmou, Policarpo publicou e Demóstenes repercutiu”, disse ele ao 247

Marco Damiani - 247


O Mensalão, maior escândalo político dos últimos anos, que pode ser julgado ainda este ano pelo Supremo Tribunal Federal, acaba de receber novas luzes. Elas partem do empresário Ernani de Paula, ex-prefeito de Anápolis, cidade natal do contraventor Carlinhos Cachoeira e base eleitoral do senador Demóstenes Torres (DEM-GO).


“Estou convicto que Cachoeira e Demóstenes fabricaram a primeira denúncia do mensalão”, disse o ex-prefeito em entrevista ao 247. Para quem não se lembra, trata-se da fita em que um funcionário dos Correios, Maurício Marinho, aparece recebendo uma propina de R$ 5 mil dentro da estatal. A fita foi gravada pelo araponga Jairo Martins e divulgada numa reportagem assinada pelo jornalista Policarpo Júnior. Hoje, sabe-se que Jairo, além de fonte habitual da revista Veja, era remunerado por Cachoeira – ambos estão presos pela Operação Monte Carlo. “O Policarpo vivia lá na Vitapan”, disse Ernani de Paula ao 247.

O ingrediente novo na história é a trama que unia três personagens: Cachoeira, Demóstenes e o próprio Ernani. No início do governo Lula, em 2003, o senador Demóstenes era cotado para se tornar Secretário Nacional de Segurança Pública. Teria apenas que mudar de partido, ingressando no PMDB. “Eu era o maior interessado, porque minha ex-mulher se tornaria senadora da República”, diz Ernani de Paula. Cachoeira também era um entusiasta da ideia, porque pretendia nacionalizar o jogo no País – atividade que já explorava livremente em Goiás.


Segundo o ex-prefeito, houve um veto à indicação de Demóstenes. “Acho que partiu do Zé Dirceu”, diz o ex-prefeito. A partir daí, segundo ele, o senador goiano e seu amigo Carlos Cachoeira começaram a articular o troco.


O primeiro disparo foi a fita que derrubou Waldomiro Diniz, ex-assessor de Dirceu, da Casa Civil. A fita também foi gravada por Cachoeira. O segundo, muito mais forte, foi a fita dos Correios, na reportagem de Policarpo Júnior, que desencadeou todo o enredo do Mensalão, em 2005.

Agora, sete anos depois, na operação Monte Carlo, o jornalista de Veja aparece gravado em 200 conversas com o bicheiro Cachoeira, nas quais, supostamente, anteciparia matérias publicadas na revista de maior circulação do País.


Até o presente momento, Veja não se pronunciou sobre as relações de seu redator-chefe com o bicheiro. E, agora, as informações prestadas ao 247 pelo ex-prefeito Ernani de Paula contribuem para completar o quadro a respeito da proximidade entre um bicheiro, um senador e a maior revista do País. Demonstram que o pano de fundo para essa relação frequente era o interesse de Cachoeira e Demóstenes em colocar um governo contra a parede. Veja foi usada ou fez parte da trama?


terça-feira, 27 de março de 2012




Hesitei em divulgar esta história porque não tenho como comprovar a sua veracidade e porque tampouco posso violar o sigilo da fonte que ma confidenciou, pois resguardá-la foi condição para que a sua versão sobre a sucessiva queda de ministros em 2011 me fosse revelada.


Todavia, diante da recente entrevista da presidente da República à revista Veja, aquela história ganhou, a meu juízo, verossimilhança suficiente para que fosse apresentada ao público, ainda que não possa, de forma alguma, ser tomada ao pé da letra, pois, cabe dizer, este blogueiro julga que a sua fonte tem motivos para não gostar de Dilma.


De qualquer forma, como costuma acontecer com opiniões – e, frequentemente, com fatos inquestionáveis –, acreditará ou desacreditará quem quiser. Mas, se alguém quiser saber a minha opinião sobre o que relatarei a seguir, acho que há muita chance de tudo ser verdade.


Surge então, na mente do leitor, a pergunta crucial: que importância tem a tal fonte para fazer o blogueiro reproduzir a sua “acusação”? Resposta: não posso dizer. Se disser, isolarei um grupo entre o qual se poderá buscar a identidade de quem “acusa”. Mas posso garantir que a pessoa que disse o que será revelado conhece muito bem o assunto. Se falou a verdade, aí é outra história.


Tudo teria começado logo após a vitória de Dilma Rousseff sobre José Serra, ao fim de 2010. Naquele momento, a então presidente eleita estaria “mortificada” pelo baixo nível da campanha, mas, ao contrário do que possa parecer, não tinha raiva da mídia que trabalhou contra si durante todo o processo eleitoral em que se elegeu.


Dilma teria sido sempre contra a “picuinha” que, então, achava que Lula teria comprado com a mídia. Segundo ela teria dito, ele tinha vivido um inferno de oito anos – além dos 13 anos anteriores (desde 1989) de embates com a imprensa – simplesmente porque enfrentou Otavinho et caterva, quando poderia ter contemporizado com eles sem abrir mão das políticas públicas que desejava instituir no país.


Dilma teria dito, “textualmente”, que não haveria qualquer política pública adotada pelo governo Lula que fosse tão inaceitável para a elite que a mídia representa. A exceção seriam as cotas “raciais” nas universidades públicas e os planos de regulação da mídia, mas estas políticas – ou propostas de políticas – não seriam motivo para a guerra que se estabeleceu se Lula tivesse contornado o problema.


Bastaria que tivesse feito o que disse reiteradamente, durante a sua Presidência de oito anos, que jamais fez e que, aliás, é o que Dilma tem feito à farta, quase tanto quanto FHC durante o seu tempo na Presidência: “almoçar” com dono de jornal (ou de qualquer outro grande meio de comunicação).


Naquele momento, Dilma teria decidido promover uma distensão com a mídia por fazer um julgamento do qual não se pode discordar totalmente: instalar uma guerra política no país só por picuinha seria ilógico e até contraproducente do ponto de vista do interesse público.


Além da distensão política – e, aqui, entramos na questão central –, Dilma, agora nos primeiros meses de 2011, teria decidido se livrar de “problemas” que teria “herdado” do antecessor, dentre os quais sobressairiam ministros com potencial para gerar matéria-prima futura para ataques midiáticos e da oposição ao governo.


Apesar de ser absolutamente defensável a suposta visão desapaixonada de Dilma, pois uma guerra entre a mídia e o governo jamais será boa para o país por fazê-lo perder tempo com escandalizações do nada em vez de se dedicar ao desenvolvimento econômico e social, o método que teria sido engendrado pela presidente para se livrar da “herança” de Lula seria, no mínimo, desleal.


Eis o problema: Dilma, por terceiras pessoas, teria alimentado a mídia com informações passadas por debaixo do pano e ao fazer declarações públicas como a que fez sobre o ministério dos Transportes pouco antes do início da queda seqüencial de ministros. Seu objetivo seria o de levar os alvos à renúncia por uma pressão da mídia que acabou atingindo até as famílias deles.


Como evidência disso, foi-me perguntado se eu não teria notado como os ataques a ministros cessaram repentinamente, neste ano, e sobre como a própria Dilma foi poupada durante os ataques desfechados no ano passado, apesar de participar do governo federal desde 2003, o que faz dela co-autora do governo Lula e, portanto, responsável pelos ministros demitidos, que, inclusive, manteve no governo.


Além disso, a fonte me lembrou de que quando Dilma não quis a queda de um ministro, ela não ocorreu. Garantiu que a mídia abandonou a artilharia contra Fernando Pimentel não tão rápido que deixasse ver que não recebera carta branca de Dilma para atacar e não tão devagar que contrariasse a presidente.


Dilma teria feito tudo isso porque não teria querido dizer não a Lula ou desafiar a sua influência, até porque seria um suicídio político. Assim sendo, optou por esse suposto estratagema.


Você, leitor, não precisa acreditar. Aliás, acho que nem deve, pois quem me passou essa história não me ofereceu qualquer outro elemento de que o que disse seja verdade – e foi avisado de que isto seria dito, caso eu escrevesse este post. Assim mesmo, com a condição de não ter seu nome – ou indícios de seu nome – revelado, deixou-me à vontade para escrever.


Contudo, a reflexão é útil porque a entrevista que Dilma concedeu a uma publicação com o histórico da Veja mostra que, ao menos no que tange a uma suposta intenção dela de distender as relações de seu governo com a mídia, a minha fonte não mentiu. E, sendo honesto, não posso afirmar que essa intenção seja indefensável.


Além disso, julgo que Dilma não preside um governo “de esquerda”, como foi dito aqui no post A ideologia do governo Dilma; preside um governo de conciliação ideológica entre centro-esquerda e centro-direita – e, para tanto, faz concessões a esta. Por conta disso – e de sua visão sobre distensão política –, sua entrevista à Veja era absolutamente previsível.


Deve-se ressaltar, ainda, o sangue-frio de Dilma e sua estratégia maquiavélica (e não vai, aí, qualquer conotação pejorativa, como sabe quem já leu Maquiavel).


Será que alguém notou que não houve ataques de Reinaldo Azevedo ou de Augusto Nunes à entrevista de Dilma? Sabe por que, leitor? Enquanto eles se esgoelam chamando seu governo de tudo de ruim que se possa imaginar, ela estava lá confraternizando com os chefes deles e ainda conseguiu uma capa laudatória na revista a que servem.


Detalhe: Azevedo e Nunes ainda podem fazê-los (os ataques), mas perderam o timing. Isso ficou escancarado.


A administração de Fábio Barbosa, novo presidente-executivo da Abril S/A, holding que comanda as operações de mídia, gráfica e distribuição do Grupo Abril, vai mostrando a cara. E, nesse contexto, gente como esses dois blogueiros-colunistas da Veja não parece que terá vida longa na publicação.


Mais uma vez, isso não acontecerá tão rápido que venha a endossar tal percepção, mas não será tão devagar que mantenha na Veja dois de seus principais passivos hoje. Esses sujeitos fazem parte de um passado que Dilma está enterrando, paulatinamente. Para o bem ou para o mal.


Cachoeira e o clube dos 15.




O bicheiro goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o “Carlinhos Cachoeira”, adquiriu da provedora de telefonia norte-americana Nextel 15 aparelhos, os quais cedeu a pessoas de sua confiança. Segundo as investigações da Operação Monte Carlo, levada a cabo pela Policia Federal, um policial corrupto dessa corporação orientou o bicheiro a habilitar os aparelhos nos Estados Unidos de forma a que ficassem imunes a grampos legais e ilegais.


Há três semanas, a Polícia Federal prendeu Cachoeira durante a Operação Monte Carlo, sob acusação de liderar uma quadrilha que operava máquinas caça-níqueis em Brasília e Goiás. E descobriu que, dentre os 15 telefones que ele distribuíra, um fora entregue ao líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), promotor de carreira que ficou conhecido por acusar seguidamente de corrupção o governo do PT, seus membros e aliados.

Em um primeiro momento, de jornalistas a políticos (do governo e da oposição) saíram em defesa do líder do DEM no Senado – que, até o momento, ainda ocupa o cargo, apesar das denúncias arrasadoras.


Logo após a revelação de que o bicheiro havia dado presentes caríssimos a Demóstenes, este subiu à tribuna do Senado para dar suas explicações, ao que 43 senadores o apartearam prestando solidariedade e apoio. Quatro adversários petistas – Eduardo Suplicy (SP), Paulo Paim (RS), Jorge Viana (AC) e Marta Suplicy (SP) – foram à tribuna defendê-lo.


Em seguida, jornalistas como Reinaldo Azevedo, da revista Veja, também fizeram questão de lembrar ao distinto público a “gloriosa” trajetória de Demóstenes, que, até poucos dias atrás, dispunha de grande espaço na grande mídia para acusar os adversários de envolvimento com corrupção (!).


Como se fosse pouco, no fim de semana vieram à tona denúncias como a da Carta Capital, de que Demóstenes teria faturado incríveis 50 milhões de reais no esquema de Cachoeira. E, para coroar tudo, o jornalista Luis Nassif denunciou no domingo, em seu blog, que a operação Montecarlo, da Polícia Federal, teria encontrado mais de 200 ligações entre o bicheiro e pessoas da direção da revista Veja.


O silêncio ensurdecedor da classe política em relação a Demóstenes, seu possível envolvimento até com meios de comunicação, tudo isso é afetado por um número cabalístico: o número 15.


O trabalho que o criminoso teve para habilitar os aparelhos fora do país de forma a imunizá-los contra escutas e o fato de um desses aparelhos ter ido parar nas mãos – ou nos ouvidos – de um político do peso do senador do DEM de Goiás, sugerem que os outros 14 aparelhos não devem ter ido parar nas mãos de qualquer um.


A Operação Monte Carlo flagrou ligações de Cachoeira para autoridades do governo de Goiás, sob comando do tucano Marconi Perillo, e detectou que, ano passado, um relatório de quase 500 páginas com endereços e nomes de integrantes da quadrilha que explorava jogos ilegais fora entregue ao então diretor-geral da polícia do governo do Estado. E nada aconteceu. Se não fosse a Polícia Federal, Cachoeira continuaria livre.A polícia de Perillo sentou sobre o caso.


A PF também captou conversa telefônica em que Cachoeira pede ao ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia Wladimir Garcez (PSDB) que interfira em operações da Polícia Civil para combater jogos ilegais. De acordo com a Polícia Federal, o ex-vereador Garcez intermediava os contatos entre Carlinhos Cachoeira e o governador Perillo. A PF apurou que Garcez trocava torpedos com Perillo.


Ainda não foram divulgados os nomes dos outros beneficiados – ou, agora, amaldiçoados – pelos outros 14 aparelhos Nextel. Não parece difícil intuir, no entanto, que Cachoeira deve ter dado a pessoas que de forma alguma poderiam ser flagradas conversando consigo por ocuparem posições de importância análoga à do senador da República Demóstenes Torres.


Assim como se descobriu que o ex-publicitário Marcos Valério estendeu tentáculos por PT, PSDB, DEM etc., supõe-se que o silêncio da classe política em relação a Cachoeira pode decorrer de situação parecida com a do pivô do escândalo do mensalão, mas não só. A notícia divulgada ontem por Luis Nassif, de que membros da direção da Veja teriam mantido centenas de contatos com o bicheiro, dá a dimensão daquilo em que esse escândalo pode se converter.


Após a descoberta das relações de Cachoeira com um senador e um grande meio de comunicação, não parece exagero suspeitar de que um dos 14 celulares pode ter ido parar em mãos impensáveis como, por exemplo, a de um importantíssimo membro do Judiciário. Ou que tenha sido usado para ligar para essa pessoa. Enquanto isso, iniciativas no Congresso para abrir uma CPI encontram resistência em quase todos os partidos.

Churrasco e condução para conseguir os 3 mil votos de Serra nas prévias



Está feia a coisa para o lado de José Serra (PSDB/SP). A máquina do PSDB precisou recorrer às velhas práticas de oferecer churrasco e trazer filiados "trabalhados para votar em Serra" de casa para votar, fornecendo a condução.




No Jardim Helena, Edilberto Leite, conhecido como Robertão, coordenava as idas e vindas de seis carros para transportar 58 pessoas - todas "trabalhadas" para apoiar Serra. "São pessoas que eu filiei. Com essas eu conversei uma por uma." ...


Chamariz. Na Vila Jacuí, o militante tucano Ademir Cleto de Oliveira, simpatizante de Aníbal e fiscal da votação, lamentava o que via na calçada da frente. "As pessoas estão vindo para comer churrasco. Votar é secundário." O presidente do diretório zonal, conhecido como Wellington Negão, negou relação com o churrasco, apesar de o evento ocorrer no mesmo imóvel onde fica sua residência. "Aí é a sede do time da região", afirmou.


Em outro trecho:


... um Escort estacionava em frente ao local de votação, trazendo filiados orientados a votar em José Serra. A militante que se identificou como Gislaine disse ter recebido a lista de quem que deveria transportar.
... Perto dali, a dirigente de uma associação comunitária, que não quis se identificar, esperava pela chegada de 35 potenciais eleitores de Serra.
Sem essa "estrutura", José Serra correria o risco de perder as prévias, pois 48% dos tucanos votaram foram contra ele.
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/03/churrasco-e-transporte-para-conseguir-3.html

Ratos abandonam navio Demóstenes





Há anos que Demóstenes “30%” Torres vem sendo cultuado pela mídia, apesar de as suas relações perigosas com o crime organizado de Goiás serem do conhecimento até da Procuradoria-Geral da República e de toda a grande imprensa desde 2009.


Sempre foi enorme o prestígio de Demóstenes entre os mais bravios pit-bulls da imprensa golpista, que, depois de a porta ter sido arrombada, assumem ares de isenção ao divulgarem o que já não haveria mais como esconder.


O simbolismo que as relações escandalosas do senador do DEM de Goiás com o crime organizado encerram, é arrasador. Não houve dia, na última década, em que ele não aparecesse em destaque na Globo, na Veja, na Folha ou no Estadão acusando adversários ou sendo incensado.

Figurinha fácil nos blogs de Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes ou Ricardo Noblat, entre outros, era sempre usado para atacar “a corrupção do PT” ou as cotas étnicas nas universidades, das quais, ao lado do sociólogo Demétrio Magnoli, é considerado o maior carrasco.


Agora, todo mundo acordou. Sabendo que a bomba estava para estourar, Globos, Folhas, Vejas, Estadões e seus blogueiros amestrados tiveram que expor o seu ex-darling em seus noticiários.

Até o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sempre pronto a abrir investigações contra membros do governo do PT, só agora anuncia que pedirá abertura de inquérito ao STF. Por que não fez isso em 2009? Diz que aguardava o “resultado de outra investigação”…


Desde 2009?!! Não é muito tempo, senhor procurador-geral da República?


Por que só agora Veja, Folha, Estadão, Globo e seus blogueiros amestrados decidiram noticiar as “aventuras” de Demóstenes? Porque só agora a bomba estourou, ora.


Aliás, a postura laudatória a Demóstenes adotada até por seus adversários no Senado, inicialmente, mostra que o homem deve ser um arquivo vivo. Apesar de ter sido abandonado pela mídia, portanto, o mais provável é que seu caso seja abafado.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Festa de aniversário de Ronaldinho Gaúcho termina em barraco, diz jornal




Segundo publicação, duas mulheres teriam sido convidadas a se retirarem da comemoração e teriam falado alto e brigado.



Segundo o colunista Leo Dias do jornal “O Dia”, a festa de aniversário de Ronaldinho Gaúcho teria terminado em barraco.


De acordo com a publicação, o jogador do Flamengo teria reunido amigos em sua mansão na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ainda segundo o jornal, a comemoração teria começado na tarde do sábado, 24, esó teria terminado às 7h do dia seguinte.

Leo Dias conta em sua coluna que Ronaldinho Gaúcho teria pedido aos seguranças que retirassem da festa duas mulheres que estavam muito em cima dele. Já do lado de fora da casa, de acordo com a publicação, as mulheres "tocaram o terror, falando alto e brigando", causando a revolta da vizinhança.


No Zimbábue, homens evitam caronas após denúncias contra "caçadoras de esperma"



Governo está preocupado com gangues que roubam sêmen para ritual comum no país, o Juju


Poucas mulheres no mundo tornaram-se mais temidas pelos homens ao longo dos últimos anos do que as do Zimbábue. No pequeno país africano de finanças frágeis e regime autocrático, homens estão sendo embriagados, torturados e sequestrados por mulheres que roubam seu sêmen para o uso em um ritual comum no país, o Juju.



A imprensa local noticiou casos nos quais as vítimas foram drogadas ou até mesmo ameaçadas com facas e armas de fogo para que mantivessem sucessivas relações sexuais com a sequestradora. Há até mesmo relatos de mulheres que ameaçaram suas vítimas com cobras e obrigaram-nas a ingerir estimulantes sexuais. O resultado é sempre o mesmo – o sequestrador abandona sua vítima em alguma via deserta e logo depois desaparece.



As chamadas “caçadoras de esperma” ficaram famosas no Zimbábue em 2009, quando a polícia prendeu três mulheres carregando 31 preservativos usados em uma sacola plástica. Desde então os ataques prosseguem e 17 homens já apresentaram denúncias de abusos.



Susan Dhliwayo, uma jovem de 19 anos, conta que passava certa vez por uma rua e viu que homens pediam carona, hábito comum no país. Quando os pedestres perceberam que se tratava de uma mulher ao volante, recusaram o favor e disseram que não confiavam nela. “Agora os homens temem as mulheres”, explica.Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, o porta-voz nacional da polícia do Zimbábue disse que “não há números exatos sobre a quantidade de casos confirmados” e esclarece “a maioria desses casos acontece quando as vítimas estavam ganhando carona em veículos privados”. Por essa razão, o governo estaria “estimulando a população a utilizar o transporte público”.



O ritual Juju, destino mais plausível para o material saqueado pelas “Caçadoras de Esperma”, é uma tradição para a qual se atribui a atração de sorte e prosperidade. Watch Ruparanganda, sociólogo da Universidade do Zimbábue, confessa que "a questão é de dar um nó na cabeça”, mas aposta na existência de um negócio lucrativo por detrás dos casos.


Enquanto o mistério não é desvendado, quem mais sofre são as mulheres, vítimas de preconceitos e generalizações por parte dos homens. Um grupo de defesa dos direitos das mulheres no Zimbábue criticou a ênfase que a imprensa do país atribuindo a essas ocorrências e argumenta que a gravidade das violências sofridas por mulheres diariamente não chega nem aos pés do choque ocasionado por esse tipo de abuso sexual contra homens. Para além do humor e da polêmica que ganharam de todo o país, as três mulheres presas em 2009 também receberam ameaças anônimas de morte.

Nassif: Cachoeira enterra Veja no crime organizado




Policarpo, um exemplar típico da Veja




Saiu no Blog do Nassif:

Operação Monte Carlo chegou na Veja

Não haverá mais como impedir a abertura das comportas: a Operação Monte Carlo da Polícia Federal, sobre as atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, chegou até a revista Veja.


As gravações efetuadas mostram sinais incontestes de associação criminosa da revista com o bicheiro. São mais de 200 telefonemas trocados entre ele e o diretor da sucursal de Brasilia Policarpo Jr.


Cada publicação costuma ter alguns repórteres incumbidos do trabalho sujo. Policarpo é mais que isso.


Depois da associação com Cachoeira, tornou-se diretor da sucursal da revista e, mais recentemente, passou a integrar a cúpula da publicação, indicado pelo diretor Eurípedes Alcântara. Foi um dos participantes da entrevista feita com a presidente Dilma Rousseff.


Nos telefonemas, Policarpo informa Cachoeira sobre as matérias publicadas, trocam informações, recebe elogios.


Há indícios de que Cachoeira foi sócio da revista na maioria dos escândalos dos últimos anos.

Clique aqui para ler “A Veja odeia o Brasil, porque o dono é um perdedor”Clique aqui para ler “Advogado refuta Leandro e Leandro reafirma o que disse sobre Demóstenes e Cachoeira”Clique aqui para ler “Além do grampo sem áudio, enteada liga Gilmar a Demóstenes “





Quem deu o “furo” do grampo sem áudio do Gilmar e do Demóstenes ?
A Veja !


Qual o papel do grampo sem áudio ?


Salvar o pescoço do Daniel Dantas e crucificar Paulo Lacerda e Protógenes Queiroz.


Precisa explicar mais ?


Clique aqui para ler “O Supremo vai tirar Dantas da cadeia pela terceira vez ? “







Paulo Henrique Amorim


http://www.conversaafiada.com.br/pig/2012/03/25/nassif-cachoeira-enterra-veja-no-crime-organizado/

domingo, 25 de março de 2012

Lula está com a voz mais clara, nítida e forte, diz Fernando Haddad




Fernando Haddad visitou o presidente Lula na sexta-feira, e disse ao Poder Online estar surpreso com a disposição do presidente Lula, e com a voz estar voltando a ser forte.











Lula também gravou e enviou um vídeo com mensagem de felicitação pelos 90 anos do PCdoB.
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/03/lula-esta-com-voz-mais-clara-nitida-e.html