Os jovens que não se “contaminaram” com a política realizarão uma
obra-prima da política continental: o Golpe de Estado midiático.
Os jovens do Movimento Passe Livre são muito simpáticos.
São “puros”: não se deixaram contaminar pela “maldição” da política.
São inflexíveis como os milenaristas: serão os portadores da Justiça, da Harmonia e da Paz.
Sua arma é a Constituição.
E são de Classe Média.
Clique aqui para ler o que Marilena Chauí acha da “classe média”.
Essas manifestações de jovens “puros” ou não dão em nada ou derrubam o Governo.
Na Praça da Paz Celestial não deram em nada.
Na Praça Tahir, no Cairo, derrubaram um ditador decrépito.
No Occupy Wall Street não deram em nada.
Na Plaza Mayor, em Madrid, elegeram um Generalíssimo Franco.
Aqui no Brasil, há uma singularidade.
Uma jabuticaba.
É a concentração da mídia, expressa na exorbitante hegemonia da Globo – clique aqui para ler “jornal nacional, 40 minutos de Golpe na veia”.
Não existe movimento de massa “ingênuo”.
Muito menos onde a Globo e o PiG (*) têm o poder excepcional que preservam, impunemente, no Brasil.
O movimento do Passe Livre ultrapassou o alcance das redes sociais.
Ele foi abduzido pelo PiG – e sobretudo pela Globo.
O Globo convoca as manifestações – dá endereços e tudo.
A GloboNews se auto-intitula Governo e diz o que o Governo deve fazer.
A Globo aberta dá uma de João sem braço: enaltece o caráter pacífico, “constitucional” dos manifestantes – mas desequilibra a cobertura.
A Dilma no jornal nacional fala 4 segundos e o pau na Dilma dura 40 minutos.
Omite que o Haddad abriu espaço para negociar COM os empresários donos de ônibus – enquanto seus repórteres tentam dar a impressão de que ele recuou covardemente.
O que está nas ruas é menos importante do que o que está no espectro eletromagnético – que, como até o Bernardão sabe, pertence ao conjunto do povo brasileiro.
Ainda bem que a Polícia Militar do Alckmin, tão eficiente em Pinheirinho e na USP, demorou uma eternidade para chegar à sede da Prefeitura.
Melhor para a Globo.
O movimento se transformou num surto de vandalismo, num caracazo, no centro de São Paulo – melhor ainda para derrubar a Dilma !
Onde já se viu uma Secretaria de Segurança não saber com a devida antecedência para onde vão 50 mil manifestantes ? – Clique aqui para ler “Alckmin recuou mais do que bateu”.
E os direitos constitucionais dos não-manifestantes ?
É o Golpe de dois dias que derrubou o Chávez: um Golpe da e na televisão.
Que poderia ter sido dado ontem, terça-feira, quando Dilma saiu de Brasília para encontrar o Lula em São Paulo, o que, na prática, significou a destituição do ministro zé da Justiça.
A “vacância” do poder, diria o grande estadista paulista Auro de Moura Andrade …
Não há passeatas ingênuas.
Não há 100 mil, 80 mil, 50 mil pessoas ingênuas na rua.
Ou isso não dá em nada, pela inconsistência de suas posições políticas.
Ou serão a bucha do canhão do Golpe contra a Dilma.
A Globo, como se sabe, não ganha eleição.
A Globo dá Golpe.
Deu ao levar a segunda eleição de Lula para o segundo turno, ao montar o jornal nacional com a edição do debate do Lula com o Collor e ao puxar o gatilho do revólver que apontava para o peito de Vargas.
Roberto Marinho não perdoa.
Ele tem interesses.
Ele sabe que “essa gente” que governa o Brasil há dez anos não é de confiança.
E os jovens do Passe Livre, que se banharam no Rio Jordão, são instrumentos ideais para um Golpe – dentro da “Constituição” !
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
São “puros”: não se deixaram contaminar pela “maldição” da política.
São inflexíveis como os milenaristas: serão os portadores da Justiça, da Harmonia e da Paz.
Sua arma é a Constituição.
E são de Classe Média.
Clique aqui para ler o que Marilena Chauí acha da “classe média”.
Essas manifestações de jovens “puros” ou não dão em nada ou derrubam o Governo.
Na Praça da Paz Celestial não deram em nada.
Na Praça Tahir, no Cairo, derrubaram um ditador decrépito.
No Occupy Wall Street não deram em nada.
Na Plaza Mayor, em Madrid, elegeram um Generalíssimo Franco.
Aqui no Brasil, há uma singularidade.
Uma jabuticaba.
É a concentração da mídia, expressa na exorbitante hegemonia da Globo – clique aqui para ler “jornal nacional, 40 minutos de Golpe na veia”.
Não existe movimento de massa “ingênuo”.
Muito menos onde a Globo e o PiG (*) têm o poder excepcional que preservam, impunemente, no Brasil.
O movimento do Passe Livre ultrapassou o alcance das redes sociais.
Ele foi abduzido pelo PiG – e sobretudo pela Globo.
O Globo convoca as manifestações – dá endereços e tudo.
A GloboNews se auto-intitula Governo e diz o que o Governo deve fazer.
A Globo aberta dá uma de João sem braço: enaltece o caráter pacífico, “constitucional” dos manifestantes – mas desequilibra a cobertura.
A Dilma no jornal nacional fala 4 segundos e o pau na Dilma dura 40 minutos.
Omite que o Haddad abriu espaço para negociar COM os empresários donos de ônibus – enquanto seus repórteres tentam dar a impressão de que ele recuou covardemente.
O que está nas ruas é menos importante do que o que está no espectro eletromagnético – que, como até o Bernardão sabe, pertence ao conjunto do povo brasileiro.
Ainda bem que a Polícia Militar do Alckmin, tão eficiente em Pinheirinho e na USP, demorou uma eternidade para chegar à sede da Prefeitura.
Melhor para a Globo.
O movimento se transformou num surto de vandalismo, num caracazo, no centro de São Paulo – melhor ainda para derrubar a Dilma !
Onde já se viu uma Secretaria de Segurança não saber com a devida antecedência para onde vão 50 mil manifestantes ? – Clique aqui para ler “Alckmin recuou mais do que bateu”.
E os direitos constitucionais dos não-manifestantes ?
É o Golpe de dois dias que derrubou o Chávez: um Golpe da e na televisão.
Que poderia ter sido dado ontem, terça-feira, quando Dilma saiu de Brasília para encontrar o Lula em São Paulo, o que, na prática, significou a destituição do ministro zé da Justiça.
A “vacância” do poder, diria o grande estadista paulista Auro de Moura Andrade …
Não há passeatas ingênuas.
Não há 100 mil, 80 mil, 50 mil pessoas ingênuas na rua.
Ou isso não dá em nada, pela inconsistência de suas posições políticas.
Ou serão a bucha do canhão do Golpe contra a Dilma.
A Globo, como se sabe, não ganha eleição.
A Globo dá Golpe.
Deu ao levar a segunda eleição de Lula para o segundo turno, ao montar o jornal nacional com a edição do debate do Lula com o Collor e ao puxar o gatilho do revólver que apontava para o peito de Vargas.
Roberto Marinho não perdoa.
Ele tem interesses.
Ele sabe que “essa gente” que governa o Brasil há dez anos não é de confiança.
E os jovens do Passe Livre, que se banharam no Rio Jordão, são instrumentos ideais para um Golpe – dentro da “Constituição” !
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2013/06/19/pig-enfiou-o-passe-livre-no-bolso-e-o-golpe-do-chavez/
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