Manuel Dutra
Jornalismo, Ciência, Ambiente
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Governador Jatene beija a bandeira do Pará,confundida com a bandeira do Não
A Câmara Municipal de Santarém decidiu substituir o requerimento concedendo a Simão Jatene o "título" de persona non grata no maior município do Oeste paraense, por uma moção de repúdio ao governo do Estado em virtude da participação do governador na campanha do Não.
Na verdade, foram duas moções: uma ao próprio Jatene, e outra ao vice, o santareno Helenilson Pontes, por haver mudado de posição, calando-se durante a campanha.
A moção faz parte da decisão (ao menos nestes momentos imediatos pós-plebiscito, com os ânimos exaltados) de criar fatos políticos que demonstrem à opinião pública que os defensores do Tapajós se consideram parcialmente vitoriosos, haja vista o percentual médio de 95% de votos favoráveis em todos os municípios do Oeste, à exceção dos municípios da região do Xingu, que sequer deveriam ter entrado no projeto do novo Estado.
HistóriaO repúdio a Jatene tem um precedente mais ou menos parecido. Quem primeiro se insurgiu contra o governo do Pará, na região Oeste, foi a Câmara de Óbidos, nos idos de 1832, quando lá se refugiou o cônego Batista Campos, vice-presidente da Província.
Batista Campos estava com ordem de prisão determinada pelo presidente do Grão-Pará e, ao chegar a Óbidos, não só foi bem recebido pelas lideranças locais, como a Câmara se reuniu extraordinariamente para declará-lo o vedadeiro presidente, rompendo de vez com o governo provincial.
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