Por Altamiro Borges
O policial João Dias, o bandido-fonte da Veja no linchamento do ex-ministro Orlando Silva, voltou a ser preso ontem (8). Na grotesca invasão ao Palácio Buriti, quando atacou duas funcionárias, gritou palavrões, esbanjou racismo e exibiu um pacote com R$ 159 mil, ele também agrediu um policial.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, a sua prisão está amparada no Artigo 209 do Código Penal Militar, porque ele quebrou o dedo de um sargento destacado para contê-lo. O crime, portanto, não é pela agressão às servidoras públicas, mas por ferir um integrante de sua própria corporação.
Cadê a punição à revista Veja?
João Dias está detido na Corregedoria da PM e será levado para uma ala especial do presídio da Papuda, onde ficam os presos militares. Na prisão de ontem, ele pagou uma fiança de R$ 2 mil e foi liberado. Agora, voltou à cadeia. O Código Penal Militar é rigoroso contra policiais que atacam os seus pares.
Esse criminoso "amalucado" e violento foi a principal fonte da revista Veja contra o ex-ministro dos Esportes. Fez inúmeras denúncias sem apresentar qualquer prova. Destruiu a imagem do jovem Orlando Silva. Agora, ele está preso. E a criminosa revista Veja? Ela ficará impune por seu crime?
Ela deu espaço nobre para um bandido - acusado por desviar recursos públicos, por enriquecimento ilícito (uma mansão, três carrões importados e duas academias de ginástica) e até por homicídio. Será que ninguém fará nada contra este tipo de jornalismo criminoso, murdochiano?
O governo continuará evitando o debate na sociedade sobre a regulação da mídia? Será cúmplice dos crimes destes jagunços midiáticos?
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