sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"Vendo tudo de longe"



Voltei a este abandonado blog, por uma justa causa, não que o mundo precise de meus textos e minhas convicções, não precisa.


Nunca pensei que fosse acompanhar de longe a campanha da criação do Estado do Tapajós, mas por escolha minha o faço e vejo como o Brasil dessas bandas desconhece o Brasil daquela banda de lá, que eu vejo como a mais deslumbrante! Claro que é porque é a minha banda.


Por aqui ninguém pode saber que você é do Pará que começa o bombardeio do "por quê?". Na cabeça que nem nunca foi e nunca viveu num Pará desigual, a criação do Tapajós e do Carajás é só mais uma maneira de desocupados mamarem as custas do dinheiro público... Mas aí, o paraense que fala bem pra porra, logo explica como é esse Pará que a gente tanto ama... Nunca vi ninguém defender o Não por aqui, mas o Sim, garanto que SIM.


O engraçado é que as pessoas por aqui compreendem, porque convivem com um Tocantins melhor e um Goiás também... e depois de uma conversa produtiva, vem logo a pergunta: e você vai lá votar? Ah, se fosse fácil chegar ao Pará! Uma caravana de paraenses ia rumar ao norte às vésperas do 11/12.


O comercial do TSE convocando a gente mexe com a curiosidade dos outros, dá até a impressão que todo mundo quer votar...


Como eu amo loucamente campanhas eleitorais e guerras de ideias, me é um custo ver tudo isto de longe... Eu gosto de me arrepiar com os textos bons, das edições bem feitas, das bandeiras nas ruas, das estratégias e das táticas bem e mal sucedidas... Se votar por pensamento valesse... meu voto seria 77... e assim, quando eu fosse comprar água na frente do Nilson Nelson no jogo da seleção brasileira, e o vendedor me perguntasse se me sotaque é do Rio, eu mudaria minha resposta, sem menos amor, dizendo que eu SOU DO TAPAJÓS.


Porque se hoje eu tenho orgulho do meu sotaque paraense, eu terei muito mais em ver que minha banda do Brasil é democrática e inteligente.

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