Causou estranheza o Jornal Nacional da TV Globo, abrir fogo contra o PT bem acima do tom, quando o partido decidiu abrir a CPI do Cachoeira. Soou como uma ameaça de quem não quer a CPI.
A revista Veja a gente já sabe o que teme na CPI. Mas o que teme a Globo, para perder o equilíbrio emocional e racional?
Será que há relações da emissora com a arapongagem de Cachoeira, da mesma forma que houve com ex-agentes do SNI no episódio da Proconsult, quando tentaram roubar a eleição de Leonel Brizola no Rio, em 1982?
Na quarta-feira, o JN pinçou uma pauta que precisaria ser apurada contra o governador petista Agnelo Queiroz (DF), e sem apurar nada, já transformou em uma trama jogando tudo no colo do governador (cujo nome sequer é citado nos diálogos, e apenas citado em uma analise superficial, também não apurada, de que um certo Magrão poderia ser ele). A matéria parece até feita pelos marqueteiros de Joaquim Roriz.
Na terça-feira, a Globo chegou a "pagar o mico" de fazer uma edição tão manipulada que transformou o grampo de um diálogo em um monólogo, para esconder informações do telespectador.
Pois o PT não deve temer nem mesmo desgaste político, pois Agnelo não é candidato a nada neste ano. Aliás no Distrito Federal nem há eleições municipais. Logo, Agnelo tem todo o tempo do mundo para esclarecer e para fazer a "faxina" nos escalões de baixo de seu governo, se realmente se envolveram com Cachoeira. Até 2014, quando haverá eleições e uma balanço do governo Agnelo, a verdade estará restabelecida (inclusive pela CPI), e a Globo desmoralizada em mais um episódio.
Que venha a CPI ampla, geral e irrestrita, doa a quem doer. E pelo comportamento da Globo, já está doendo na emissora.
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