Vejam que coisa!
O Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, admitiu hoje, no Senado, que há “a possibilidade de vazamento de informações estratégicas do governo brasileiro, como, por exemplo, dados sobre os leilões de exploração do petróleo do pré-sal”.
Não diga, Ministro! Será? Não será isso uma injustiça com um país que nunca fez nada mais grave que bombardear e invadir outros em busca de petróleo?
É só o senhor olhar para a pressão de seus novos amigos da mídia para que se abra totalmente o pré-sal às empresas multinacionais, que não querem a Petrobras seja a única empresa operadora neste estratégico mar de petróleo.
Dr. Paulo, porque é que o senhor acha que a Marinha está toda empenhada no Projeto Amazônia Azul, buscando se equipar de naves e de comunicações para defender nossas bacias petrolíferas? É porque eles querem brincar de barquinho?
E nos não precisamos de uma rede de fibras óticas como a da Telebras, operada por uma empresa pública, que garanta tráfego de dados no Brasil, não é? Tanto que o senhor colocou esse projeto na gaveta ou andando a passos de cágado manco.
Mas agora o senhor diz:
- Se vai mandar e-mail secreto ao colega, pode tirar o cavalinho da chuva: a cópia já vai para lá (em referência aos Estados Unidos).
O senhor se diz espantado com “a possibilidade de empresas brasileiras terem tido qualquer participação nisso e a história de que teria havido no Brasil uma base de coleta de dados”?
Que empresas brasileiras, Dr. Bernardo, se são as multis que controlam nossas telecomunicações, aquelas mesmas que o senhor disse que eram competentes e capazes de funcionar com segurança?
Telecomunicações não eram estratégicas, mas apenas uma questão de mercado e consumidor, não é?
Ah, mas a Anatel vai tomar providências drásticas. Anote o número do protocolo:dois-zero-um-três-zero-zero-um-seis-ponto-nove-cinco-oito- quatro…
Ah, mas a Anatel vai tomar providências drásticas. Anote o número do protocolo:dois-zero-um-três-zero-zero-um-seis-ponto-nove-cinco-oito- quatro…
É por isso que este caso tem de ser tratado pelo Itamaraty e pela Defesa. O resto é “me engana que eu gosto”.
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