A Federação Nacional dos Metroviários levou ao Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (Cade) e ao Ministério Público de São Paulo indícios
de formação de cartel e irregularidades em outros contratos do metrô.
Um deles se refere à reforma de 98 trens, contratada em 2009, cujo preço
chegou a 86% do valor que seria gasto com a compra de trens novos.
Segundo a entidade, a reforma custou cerca de R$ 1,75 bilhão, e o
trabalho foi repartido por consórcios da Siemens-Iesa , Bombardier,
Consórcio MTTrens (MPE, Tejofran e Temoinsa) e Alstom-Siemens.
- Essa denúncia foi feita pelo deputado Simão Pedro (PT-SP) na época da licitação, mas não estava associada a indício de cartel - disse Narciso Soares, presidente da federação.
Ele afirmou que a repartição do serviço entre empresas é um indício de que pode ter havido acordo.
Segundo levantamento da liderança do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, esse é um dos 49 contratos assinados por empresas do governo de São Paulo com a Alstom entre 2007 e 2010, durante a gestão de José Serra (PSDB).
A federação questiona a qualidade do serviço e diz que um dos trens reformados descarrilou no último dia 5, na Estação Barra Funda. De acordo com a entidade, a composição faz parte da frota K, que está sendo reformada pelo consórcio MTTrens e foi retirada de circulação para vistoria.
A federação relatou a troca do sistema de sinalização e controle do metrô, do sistema ATC (Automatic Train Control) para um novo, o CBTC (Communication Based Train Control), cuja licitação foi feita em 2008.
O término do serviço estava previsto para 2011 nas três linhas. A troca
ficou a cargo das empresas Bombardier (linha 5) , Siemens (linha 4) e
Alstom (linhas 1, 2 e 3). Os contratos somam R$ 700 milhões.
- Estamos em 2013. O sistema já deveria estar em operação, mas os testes iniciais, feitos na linha 2 fracassaram. Foram detectadas falhas de segurança que impediram os novos sistemas de funcionar - disse Soares. Siga nosso blog no Facebook
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