Parlamentares da base aliada discutem representar contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no Conselho Nacional do Ministério Público por omissão no caso da Operação Las Vegas, cujo inquérito ficou parado no órgão desde 2009 e que já continha informações sobre a ligação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) com o acusado de contravenção Carlinhos Cachoeira.
A ideia é criar constrangimento para Gurgel, que é quem preside o CNMP. O procurador está na mira dos petistas, que também querem convidá-lo para falar sobre o caso no Conselho de Ética do Senado, que deve ser instalado na terça-feira.
Como assim? Os parlamentares que cobram a condução de Gurgel no caso estranham o fato do procurador-geral alegar que o primeiro inquérito, de 2009, precisava de informações do resultado das investigações de outro inquérito, da Operação Monte Carlo, desbaratada dois anos depois.
O relatório da Polícia Federal mostra que Cachoeira adquiriu um apartamento no flat Tryp Convention, o mesmo em que moram vários deputados, senadores e ministros, para encontros de negócios em Brasília. Quando não estava na capital federal, o acusado de contravenção emprestava o apartamento no flat para outros integrantes de seu grupo, como mostram conversas gravadas pela PF.
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