Num programa Entrevista Record Especial, desta quarta-feira, na Record News, às 22h15, depois do programa do Heródoto Barbero, o Ministro da Fazenda Guido Mantega informou que a desoneração da folha de salários dos 20% do INSS ele pretende estender, também, no futuro, à área de Serviços e não, apenas, à Indústria, como foi ontem anunciado.
Além disso, a desoneração será oferecida a todos setores industriais e não apenas aos onze ontem conhecidos.
Clique aqui para ler “Dilma: Governo nao vai abandonar a indústria brasileira”.
Mantega lembrou que, para as indústrias, os 20% sobre a folha serão compensados com 1% ou 2% sobre o faturamento.
E, para quem exportar, não haverá o tributo sobre o faturamento.
Ou seja, para quem exportar, o peso da folha de pagamentos será zerado.
A desoneração é voluntaria, ou seja, adere quem quer.
Outra decisão polêmica foi o Governo decidir comprar remédios, motoniveladoras e retroescavadeiras nacionais, mesmo que sejam 25% mais caras que as importadas.
Urubus de diversas teologias temem que desembarque aqui a Quinta Frota da Organizacao Mundial do Comércio, porque o Brasil, dessa forma, desrepeitaria os bons modos (?) que os americanos e europeus praticam no comércio internacional.
Mantega lembra o Buy American Act, que o Governo americano usa para dar preferência ao produto americano.
A Embraer acabou de perder uma venda já fechada à Força Aérea americana, por causa da “preferência ao produto nacional”.
Sobre remédios, ele explica que é o Governo quem compra, para dar de graça.
Sobre as niveladoras e retroescavadoras, é para usar no PAC, na construção de estradas, para ceder às prefeituras que fazem obras.
Qual é a racionalidade disso?
Os estrangeiros achatam os salários de seus trabalhadores e querem vender seus produtos mais baratos – explica o Ministro.
Ou seja, os salários dos americanos e dos alemães ficam achatados e querem desempregar o trabalhador brasileiro.
Como disse a Presidenta Dilma, na verdade, um foguete de popularidade, o Brasil não vai enfrentar os problemas à custa do salário e do emprego do brasileiro.
Aí, o ansioso blogueiro ousou submeter o Ministro a uma gravísssima denúncia de cunho Moral e Contabil, formulada com veemencia e contundência pela Urubologa no Bom Dia (?) desta quarta-feira: o Governo poe dinheiro no BNDES (R$ 45 bi) de forma pouco transparente, paira uma sombra contabil, aplica “um jeitinho”, disse ela como o Catão da Macro-Economia.
Mantega foi ministro do Planejamento, presidente do BNDES e, de lá, Ministro da Fazenda.
Como é que é o “jeitinho”?, perguntou o ansioso blogueiro de forma mais educada.
Ele explicou: o Tesouro Nacional empresta ao BNDES, o BNDES empresta às empresas, as empresas pagam ao BNDES e o BNDES paga ao Tesouro.
Mais transparente, portanto, do que a conta das reservas cambiais no Governo FHC (pensou o ansioso blogueiro com seus botões).
Mantega lembrou que o Brasil divulga suas reservas cambiais todo dia (os EUA não fazem isso).
E o câmbio?
O Brasil não vai deixar o câmbio descer abaixo de R$ 1,80, o que não é uma maravilha, mas dá pra levar – foi o raciocinio dele.
Em benefício de sua estratégia, ele lembrou que, em janeiro de 2011, o dólar estava em R$ 1,62 e, hoje, é R$ 1,83.
E quanto a economia vai crescer em 2012 ?
Quatro por cento ou mais.
E a aceleração toma ímpeto no terceiro trimestre.
Como diriam os Urubólogos, será um crescimento “pontual” – PHA
Paulo Henrique Amorim
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