sábado, 29 de dezembro de 2012

Crônica do Golpe Anunciado


BLOG DO SARAIVA

E o povo achando que havia isenção...


Como o Conluio entre a Mídia oposicionista e políticos da Oposição usou um bicheiro goiano para tentar derrubar o governo Lula e porque o chamado “Mensalão” é a conspiração dentro da Conspiração.
A Conspiração passa então à primeira fase de seu plano.
Um pouco antes da campanha vitoriosa de Lula à Presidência, ainda em 2002, um conhecido bicheiro goiano, Carlos Augusto Ramos , cujo apelido o tornará, nacional e internacionalmente, conhecido como Carlinhos Cachoeira, (Charlie Waterfall segundo o NY Times) grava secretamente um vídeo de uma suposta extorsão praticada pelo ex diretor da Loterj do Rio de Janeiro Waldomiro Diniz, com a suposta finalidade de arrecadar fundos para o Partido dos Trabalhadores e para o Partido Socialista Brasileiro. E nada mais. O guardião deste material, em tese tão explosivo, simplesmente o retém sem maiores consequências. Qual era então o objetivo de guardar durante dois anos este vídeo secreto ? Tratava-se sómente realmente de negócios da máfia dos bingos ? E se fosse este o caso porque os “empresários do zoo” não o divulgaram de imediato já que ficaram a ver navios sem terem seus desejos atendidos ? Como veremos depois, a ampla utilização de arapongagens estava também no horizonte mental dos conspiradores. Gravações, vídeos, etc, destinavam-se não a produzir ou servirem de prova mas simplesmente fornecerem uma sucessão de Relatórios Cohen para uso futuro.
Então, de repente, esta gravação tão zelosamente guardada durante dois anos vêm à público , em 13 de Fevereiro de 2004, através da revista Época (veículo de mídia impressa das organizações Globo). O que teria se passado para que esse material viesse tão repentinamente à lume ? E quem teria entregue esse material ? A resposta pode ser encontrada no timing político. Waldomiro Diniz havia se tornado assessor do Ministro José Dirceu. E não era um Ministério qualquer, era a Casa Civil da Presidência da República ! Os conspiradores esfregaram as mãos de contentamento. Era tudo o que a mídia oposicionista precisava para iniciar a sua ofensiva no sentido de criar o contexto da comoção popular, fase inicial do conluio com a oposição política. É o que faz a revista Época. A intenção sempre fora de municiar esta oposição com reportagens que levassem à criação de qualquer CPI no Senado ou na Câmara, para encurralar e paralisar o governo Lula. Poder-se-ia dizer que se tratava de uma nova “banda de música da UDN” com PSDB, PFL (DEM) e PPS fazendo o mesmo papel. Não se tratava de verificar fatos e responsabilidades. Buscava-se a partir daí a criação de mais e mais ilações que possibilitassem a manobra de cerco orquestrada.
E foi o que se viu. Toda a mídia oposicionista atacou em uníssono, através de seus Editoriais, colunistas, âncoras, manipulação das informações, capas com manchetes garrafais nas revistas semanais e todo o tipo de artifício jornalístico, que contribuísse para levar à paralisia do governo via Congresso. Tentava-se repetir o mesmo esquema que paralisara o governo Collor na década de oitenta. E na genêse deste movimento iremos encontrar o mesmo jornalista , Mino Pedrosa, ligado ao contraventor. O objetivo era claro. Uma vez que o governo Lula obtivera uma maioria governista, a tentativa era criar uma comoção de classe média que levasse o PMDB, que sustentava essa maioria, a deixar o governo, paralisando efetivamente a governabilidade consensual procurada pelo presidente Lula. O resultado seria o esperado impasse político. Afinal as eleições de 2006 já se deslumbravam no horizonte. Jamais a imprensa oposicionista levou em consideração que a suposta extorsão não tivera o dom de ajudar “Charlie Waterfall” em seus negócios, razão na qual Cachoeira enviou a fita ao então senador Antero Paes de Barros, que por vez enviou ao Ministério Público de Brasília, na qual os reporteres da revista Época conseguiram a cópia divulgando-a. Porém os seus depoimentos na CPI da Loterj e na CPI, não deixam isso claro. Segundo o Relatório Final da CPI “o que se pode concluir desses depoimentos é que o suposto problema com o objeto da licitação não foi a razão para a desavença entre Carlos Cachoeira e Waldomiro Diniz, e, provavelmente, não foi a razão para a gravação da fita”. Qual foi então a razão para a gravação do vídeo ? Porém isso não importava mais. No decorrer de 2005 é instalada a CPI que os conspiradores queriam. 
 
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