sábado, 15 de dezembro de 2012

Jatene fere de morte o Banpará



O Sindicato dos Bancários do Pará denuncia uma ação do governo Jatene que pode decretar a morte por inanição da Instituição. Na última sexta-feira, dia 07.12.2012, foi publicado no Diário Oficial do Estado o seguinte “Contrato”:

CONTRATO DE CONSIGNAÇÃO
NÚMERO DE PUBLICAÇÃO: 467994
CONTRATO Nº 24/2012
PARTES: SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO -
SEAD, com sede na Av. Gentil Bittencourt, n.º 43, CGC/MF
05.247.283/0001-94, e BANCO BMG S/A, CNPJ 83.366.914/0001-
06, com sede em Belo Horizonte/MG, na Av. Álvares Cabral nº
1707, Bairro Santo Agostinho, CEP 30170-001
OBJETO: CONSIGNAÇÃO EM FOLHA DE PAGAMENTO JUNTO A
SEAD, CONFORME MARGEM CONSIGNÁVEL DISPONÍVEL
DATA DA ASSINATURA : 30/11/2012
VIGÊNCIA: 30/11/2012 A 29/11/2014

Pelo que se vê o Governo do Estado do Pará, através da SEAD, acaba de firmar contrato com o Banco BMG, oferecendo as operações de empréstimos consignados dos funcionários públicos para o banco mineiro, quando sabemos que esse tipo de operação é crucial para manter o funcionário do Estado vinculado ao Banco do Estado do Pará.

Trata-se de mais uma armadilha no caminho do banco público do povo paraense. Na verdade é o golpe mortal contra um guerreiro, que sobreviveu a toda sorte de ataques nos seus pouco mais de cinquenta anos. Sobreviveu a casos gravíssimos de corrupção, que ainda hoje não tiveram os responsáveis julgados e punidos; sobreviveu à era da privataria tucana, quando sofreu intervenção e os funcionários foram surrupiados em 20% dos seus salários durante um ano; sobreviveu a uma administração pífia que, apesar da propaganda de eficiência, nos doze anos de tucanato reduziu o número de funcionários e quase sumiu com os lucros, reduzindo a quantidade de produtos e operações com os clientes.

Somente em 2007, com o fim da era tucana, o Banpará começou a respirar novos ares, onde os funcionários passaram a ser valorizados, com o resgate do PCS, reformas de agências, preocupação com a saúde e outras políticas, que se refletiram na lucratividade do Banco Estadual. Isso tudo porque tivemos a capacidade de assinar acordos coletivos com a empresa que, a cada ano, agregava mais e mais direitos.

Infelizmente, com a volta do tucanato ao poder, o que vemos mais uma vez é a volta da perseguição ao banco estadual que, a despeito de contar com uma diretoria praticamente de funcionários da casa, é tutelada pelos tucanos e subserviente aos que habitam o palácio do governo.

Hoje vemos se concretizar mais um passo rumo ao sucateamento e, quem sabe, privatização da jóia da coroa do Governo Estadual, o Banco do Estado do Pará. Ressalta-se que em junho de 2012, o governo aprovou na ALEPA o Projeto de Lei nº210/2011 – Parceira Público-Privadas, que propõe a privatização de diversos serviços e setores, entre eles o Banpará. Ao oferecer à iniciativa privada os empréstimos consignados dos servidores públicos, a administração Jatene diz a que veio e mostra seu “apreço” ao banco do povo paraense. É a realização da tragédia anunciada.

Quem não quis enxergar em 2010 e abraçou-se ao candidato Jatene sabe-se lá em troca de que tipo de apoio, hoje vê o funcionalismo do Banpará pagar o preço de tamanha irresponsabilidade.

 http://anajuliacarepa13.blogspot.com.br/2012/12/jatene-fere-de-morte-o-banpara.html

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