Por Altamiro Borges
O líder do PSDB no Senado, o paranaense Álvaro Dias, está histérico. A denúncia de que o mafioso Carlinhos Cachoeira mantinha contato direto com o gabinete de Marconi Perillo (PSDB-GO) alvoroçou o ninho tucano.
Nas escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, a principal assessora do governador surge traficando informações com o bicheiro e diz que “o maior” sabe de tudo. Quem será "o maior"?
As denúncias podem resultar no pedido de impeachment de Perillo, que nega qualquer relação com Cachoeira. “Eu falei com ele uma única vez, para cumprimentá-lo pelo seu aniversário”, alegou o tucano. “Observador incauto poderia indagar: cumprimento de governador a contraventor é coisa que os bons costumes recomendam?”, ironiza Josias de Souza, blogueiro da Folha.
A "consciência tranquila" dos tucanos
Apesar dos indícios, o senador Álvaro Dias garante que o PSDB “confia” no governador de Goiás. Para ele, “o partido não enxerga muita coisa” na relação entre Perillo e o mafioso Cachoeira – que já detonou o demo Demóstenes Torres. Ele preferiu atacar Eliane Pinheiro, chefe de gabinete do tucano, que surge nos grampos. E, irritado, ainda criticou o rumo das investigações da Polícia Federal.
“Nós estranhamos que essas fitas sejam seletivas, sempre voltadas para a oposição”, disse o líder tucano, tão acostumado com as denúncias contra o governo petista. Já o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, defendeu o DEM, um apêndice bichado dos tucanos, que “já mandou o Demóstenes para casa”. Ele garantiu que a oposição demotucana “está com a consciência tranquila”.
Será?
Não parece!
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