Entusiasmado com os resultados na Venezuela, o candidato da oposição brasileira lança um manifesto: “dá para fazer mais !”
Clique aqui para ler “Capriles: é bom a Dilma botar as barbas de molho”.
Amigos e amigas,
Tomo a liberdade de apresentar meu nome como candidato do PSB à Presidência da República, em 2014.
Tomei essa decisão em nome de princípios.
O primeiro, é o principio da renovação.
A Democracia é o regime da renovação, da alternância, do regime em que a minoria de hoje é a maioria da amanhã.
As Democracias precisam abrir a janela de deixar o sol da renovação entrar.
Sou candidato em nome da coerência.
Sempre estive ao lado do Brasil e ao lado do homem e da mulher brasileira.
Do rico e do pobre, como meu avô e mestre, Miguel Arraes.
Em nome dessa coerência apoiei – e disso me orgulho – o grande brasileiro – e pernambucano – Luis Inácio Lula da Silva.
E, se, agora, decido tomar outro caminho é porque, civilizadamente, dentro dos mais transparentes princípios da Democracia, faço sérias restrições ao projeto que se instalou no Brasil, depois de dois notáveis Governos de Lula.
Dá para fazer mais, amigos e amigas.
Até Lula é capaz de concordar com isso.
Basta ele comparar o ritmo de crescimento dos Governos dele, com o que o sucedeu.
O Brasil parou, amigos e amigas.
E dá para fazer mais, muito mais.
A economia estagnou, o investimento em infra-estrutura estagnou.
As estradas de ferro não tem trilhos.
As rodovias são fábricas de morte.
Os portos serão destruídos.
A exuberância do Governo Lula foi sufocada pelo centralismo, pelo dirigismo, pelo mandonismo.
A centralização excessiva e o excesso de poder levam à arrogância, que se traduz em medidas sucessivas, contraditórias, em zig-zag, que confundem os empreendedores e frustram o consumidor.
O Brasil voltou ao pacote – agora é um pacote por dia.
E é preciso dividir o poder.
Mudar.
Porque dá para fazer mais.
A Presidenta Dilma, que tanto fez por Pernambuco e pelo Nordeste, poderia fazer mais.
E por que não faz ?
Porque a Presidenta Dilma é o que sempre foi.
Ela só acredita no Estado.
E nós, do Partido Socialista, acreditamos em parceria, em troca de experiencias, em movimentos coordenados e criativos do Estado e da livre iniciativa.
O que foi, também, o motor do crescimento nos dois mandatos do Presidente Lula.
Nós do PSB acreditamos que os Estados da Federação devem ter mais apoio, porque estão mais perto do cidadão.
O município deve ter mais apoio porque está ainda mais próximo do cidadão.
E o Brasil se trancou em Brasília.
E se perdeu.
Perdeu a política social, a política educacional, a política de saúde.
Dá para fazer mais !
Queremos um Lula novo, renovado, contemporâneo.
Os marcos da estabilidade econômica, sobre os quais Lula pôde construir, são intocáveis: as metas de inflação; a geração e o respeito inflexível ao superávit primário, sem truques; a independência – prevista em Lei, de preferencia – do Banco Central.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, uma jóia rara da construção da nossa Democracia.
A flexibilização desses princípios de estabilidade está na origem do PIB, que se chama de pibinho, e da inflação que bate no teto e não volta.
É uma ilusão imaginar que um pibinho e uma inflação a caminho do descontrole serão capazes de manter o emprego alto.
Essa mágica tem prazo de validade.
Dá para fazer mais !
Há outro principio em jogo, amigos e amigas.
De que adianta você fazer faxina, se os seus amigos, os que frequentam a sua casa não são de confiança ?
Como se apresentar como um padrão de virtude e moral, se não você pode exibir o aliados ?
Tem que escondê-los.
Um Governo é o Governo todo.
Não adianta o líder ser integro se o conjunto é suspeito.
O brasileiro parece cansado da leniência com a corrupção.
O que, por si só, explica o entusiasmo do povo com o Supremo Tribunal Federal, depois de condenar os mensaleiros do PT, com José Dirceu à frente.
Dá para fazer mais no combate à corrupção, a começar pela base aliada do Governo.
A sociedade brasileira não se vende por geladeira ou televisão de tela plana.
A sociedade quer se olhar no espelho e ver o Governo refletido nela.
E você, amigo, amiga está com medo.
As grandes cidades brasileiras, a qualquer hora do dia, foram ocupadas por marginais que operam com a garantia da impunidade.
Não há Lei.
Não há Ordem !
E onde está o Governo Federal ?
Quem é o xerife da segurança pública ?
Onde está o Ministro da Justiça – que justiça, que segurança ele oferece a você, amiga e amiga ?
Os Estados não resolvem tudo.
Porque, antes de mais nada, falta liderança !
Falta um rosto que a sociedade possa identificar: sim, este rosto zela por mim, por meu filho, quando volta da escola.
Dá ou não dá para fazer mais, amigo, amiga ?
Por que não ter um gerente da Segurança ?
Precisamos de uma politica externa que reflita os interesses do Brasil e, não, de um partido só.
O PSB quer ser amigo de todas as nações – e quer ser mais amigo de quem é mais nosso amigo.
Pais vizinho não significa melhor vizinho.
Não precisamos da claustrofobia dos acordos regionais, se o mundo é vasto e as oportunidades infinitas.
Essa mesma lógica se estende, por exemplo, à exploração da grande riqueza nacional, que são as jazidas de petróleo.
Não adianta ter e não ter.
É preciso agregar competência e, sobretudo, dinheiro para extrair essa riqueza em tempo hábil.
Por isso, por que discriminar os que sabem e tem dinheiro ?
Porque a Petrobrás é de um partido ?
Ou é do Brasil ?
Ou a Petrobrás manda no Brasil ?
Como Lula, seremos rigorosos no respeito aos contratos.
Mesmo que seja para reduzir tarifas de energia, ou agregar competência ao sistema logístico, contratos são sagrados.
São a base da confiança que faz a economia funcionar.
A liberdade de imprensa é intocável.
A única forma possível de regulá-la é através do controle remoto.
Somos a favor de uma gestão profissional da política de publicidade do Governo Federal e suas empresas: o mais eficiente, o que dá mais retorno ao recurso público merece receber mais.
Precisamos construir amplas e rápidas estradas de banda larga para o povo receber informação, educação, ter entretenimento.
Se for preciso, por que não ceder bens obsoletos às empresas de telefonia, para que possam levar o progresso sob a forma de conexão digital ?
A lógica da ideologia ultrapassada não pode se transformar num obstáculo à chegada do mundo novo.
Ofereço meu nome a você, amigo amigo, nessa hora amarga que atravessamos.
O mundo lá fora está em crise.
É a crise que nos imobiliza, aqui.
E para essa crise não fomos capazes de encontrar saídas duradouras.
Construídas sob princípios da boa gestão.
Eu me proponho a buscar saídas.
E ofereço meu passado de gestor que o povo de Pernambuco elegeu duas vezes.
Humildemente.
Quero ouvir todos os brasileiros.
Sair do Palácio.
Não há SECOM que me esconda nas trevas palacianas !
Exercer a Democracia, com a ajuda de uma imprensa absolutamente livre !
Não tenho compromissos ideológicos.
Meu compromisso é com o Brasil. Com você !
Porque dá para fazer mais !
Ribeirão Preto, 15 de abril, 2002
Eduardo Campriles
Tomo a liberdade de apresentar meu nome como candidato do PSB à Presidência da República, em 2014.
Tomei essa decisão em nome de princípios.
O primeiro, é o principio da renovação.
A Democracia é o regime da renovação, da alternância, do regime em que a minoria de hoje é a maioria da amanhã.
As Democracias precisam abrir a janela de deixar o sol da renovação entrar.
Sou candidato em nome da coerência.
Sempre estive ao lado do Brasil e ao lado do homem e da mulher brasileira.
Do rico e do pobre, como meu avô e mestre, Miguel Arraes.
Em nome dessa coerência apoiei – e disso me orgulho – o grande brasileiro – e pernambucano – Luis Inácio Lula da Silva.
E, se, agora, decido tomar outro caminho é porque, civilizadamente, dentro dos mais transparentes princípios da Democracia, faço sérias restrições ao projeto que se instalou no Brasil, depois de dois notáveis Governos de Lula.
Dá para fazer mais, amigos e amigas.
Até Lula é capaz de concordar com isso.
Basta ele comparar o ritmo de crescimento dos Governos dele, com o que o sucedeu.
O Brasil parou, amigos e amigas.
E dá para fazer mais, muito mais.
A economia estagnou, o investimento em infra-estrutura estagnou.
As estradas de ferro não tem trilhos.
As rodovias são fábricas de morte.
Os portos serão destruídos.
A exuberância do Governo Lula foi sufocada pelo centralismo, pelo dirigismo, pelo mandonismo.
A centralização excessiva e o excesso de poder levam à arrogância, que se traduz em medidas sucessivas, contraditórias, em zig-zag, que confundem os empreendedores e frustram o consumidor.
O Brasil voltou ao pacote – agora é um pacote por dia.
E é preciso dividir o poder.
Mudar.
Porque dá para fazer mais.
A Presidenta Dilma, que tanto fez por Pernambuco e pelo Nordeste, poderia fazer mais.
E por que não faz ?
Porque a Presidenta Dilma é o que sempre foi.
Ela só acredita no Estado.
E nós, do Partido Socialista, acreditamos em parceria, em troca de experiencias, em movimentos coordenados e criativos do Estado e da livre iniciativa.
O que foi, também, o motor do crescimento nos dois mandatos do Presidente Lula.
Nós do PSB acreditamos que os Estados da Federação devem ter mais apoio, porque estão mais perto do cidadão.
O município deve ter mais apoio porque está ainda mais próximo do cidadão.
E o Brasil se trancou em Brasília.
E se perdeu.
Perdeu a política social, a política educacional, a política de saúde.
Dá para fazer mais !
Queremos um Lula novo, renovado, contemporâneo.
Os marcos da estabilidade econômica, sobre os quais Lula pôde construir, são intocáveis: as metas de inflação; a geração e o respeito inflexível ao superávit primário, sem truques; a independência – prevista em Lei, de preferencia – do Banco Central.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, uma jóia rara da construção da nossa Democracia.
A flexibilização desses princípios de estabilidade está na origem do PIB, que se chama de pibinho, e da inflação que bate no teto e não volta.
É uma ilusão imaginar que um pibinho e uma inflação a caminho do descontrole serão capazes de manter o emprego alto.
Essa mágica tem prazo de validade.
Dá para fazer mais !
Há outro principio em jogo, amigos e amigas.
De que adianta você fazer faxina, se os seus amigos, os que frequentam a sua casa não são de confiança ?
Como se apresentar como um padrão de virtude e moral, se não você pode exibir o aliados ?
Tem que escondê-los.
Um Governo é o Governo todo.
Não adianta o líder ser integro se o conjunto é suspeito.
O brasileiro parece cansado da leniência com a corrupção.
O que, por si só, explica o entusiasmo do povo com o Supremo Tribunal Federal, depois de condenar os mensaleiros do PT, com José Dirceu à frente.
Dá para fazer mais no combate à corrupção, a começar pela base aliada do Governo.
A sociedade brasileira não se vende por geladeira ou televisão de tela plana.
A sociedade quer se olhar no espelho e ver o Governo refletido nela.
E você, amigo, amiga está com medo.
As grandes cidades brasileiras, a qualquer hora do dia, foram ocupadas por marginais que operam com a garantia da impunidade.
Não há Lei.
Não há Ordem !
E onde está o Governo Federal ?
Quem é o xerife da segurança pública ?
Onde está o Ministro da Justiça – que justiça, que segurança ele oferece a você, amiga e amiga ?
Os Estados não resolvem tudo.
Porque, antes de mais nada, falta liderança !
Falta um rosto que a sociedade possa identificar: sim, este rosto zela por mim, por meu filho, quando volta da escola.
Dá ou não dá para fazer mais, amigo, amiga ?
Por que não ter um gerente da Segurança ?
Precisamos de uma politica externa que reflita os interesses do Brasil e, não, de um partido só.
O PSB quer ser amigo de todas as nações – e quer ser mais amigo de quem é mais nosso amigo.
Pais vizinho não significa melhor vizinho.
Não precisamos da claustrofobia dos acordos regionais, se o mundo é vasto e as oportunidades infinitas.
Essa mesma lógica se estende, por exemplo, à exploração da grande riqueza nacional, que são as jazidas de petróleo.
Não adianta ter e não ter.
É preciso agregar competência e, sobretudo, dinheiro para extrair essa riqueza em tempo hábil.
Por isso, por que discriminar os que sabem e tem dinheiro ?
Porque a Petrobrás é de um partido ?
Ou é do Brasil ?
Ou a Petrobrás manda no Brasil ?
Como Lula, seremos rigorosos no respeito aos contratos.
Mesmo que seja para reduzir tarifas de energia, ou agregar competência ao sistema logístico, contratos são sagrados.
São a base da confiança que faz a economia funcionar.
A liberdade de imprensa é intocável.
A única forma possível de regulá-la é através do controle remoto.
Somos a favor de uma gestão profissional da política de publicidade do Governo Federal e suas empresas: o mais eficiente, o que dá mais retorno ao recurso público merece receber mais.
Precisamos construir amplas e rápidas estradas de banda larga para o povo receber informação, educação, ter entretenimento.
Se for preciso, por que não ceder bens obsoletos às empresas de telefonia, para que possam levar o progresso sob a forma de conexão digital ?
A lógica da ideologia ultrapassada não pode se transformar num obstáculo à chegada do mundo novo.
Ofereço meu nome a você, amigo amigo, nessa hora amarga que atravessamos.
O mundo lá fora está em crise.
É a crise que nos imobiliza, aqui.
E para essa crise não fomos capazes de encontrar saídas duradouras.
Construídas sob princípios da boa gestão.
Eu me proponho a buscar saídas.
E ofereço meu passado de gestor que o povo de Pernambuco elegeu duas vezes.
Humildemente.
Quero ouvir todos os brasileiros.
Sair do Palácio.
Não há SECOM que me esconda nas trevas palacianas !
Exercer a Democracia, com a ajuda de uma imprensa absolutamente livre !
Não tenho compromissos ideológicos.
Meu compromisso é com o Brasil. Com você !
Porque dá para fazer mais !
Ribeirão Preto, 15 de abril, 2002
Eduardo Campriles
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/04/15/carta-aos-brasileiros-eduardo-campriles/
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