Banco administrado por Roberto Setubal é o favorito para comprar a
Credicard, que pertence ao Citibank, mas o pagamento poderia ser feito
com ações da própria instituição financeira brasileira; há pouco mais de
duas semanas, um decreto da presidente Dilma Rousseff autorizou o
aumento da participação do capital estrangeiro no bloco de controle do
Itaú de 7,18% para 30%; nos próximos dias, Dilma receberá em Brasília o
presidente mundial do Citi, Michael Corbat, que poderá anunciar a
transação; curiosamente, o Itaú é hoje um dos inimigos públicos de uma
das principais políticas do governo Dilma, que é a redução dos juros
247 - Um dos maiores negócios globais no
setor financeiro poderá ser anunciado na próxima terça-feira, quando a
presidente Dilma Rousseff receberá, em Brasília, o presidente mundial do
Citibank, Michael Corbat, no Palácio do Planalto. Na data, Corbat
poderá divulgar a compra de uma participação acionária no Itaú Unibanco,
administrado pelo banqueiro Roberto Setubal.
Por trás disso, haveria uma intrincada operação
financeira. Mal das pernas no Brasil, o Citi não conseguiu ter escala
para competir com os principais grupos financeiros do País, como Banco
do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander e Caixa. Recentemente, o banco
americano também colocou à venda a Credicard, sua administradora de
cartões e as conversas avançaram mais com o Itaú do que com outros
grupos financeiros.
No entanto, a operação poderá se tornar ainda maior, com o
Itaú adquirindo, além da Credicard, outros ativos do Citi na América
Latina, ampliando assim sua presença internacional. E, em vez de pagar
em dinheiro, a operação envolveria uma troca de ações – o que contou com
a ajuda governamental. Três semanas atrás, no dia 15 de março, sem
explicar o porquê, o governo autorizou, por meio de um decreto
presidencial, o aumento da participação estrangeira no capital ordinário
do Itaú de 7,18% para 30%. A explicação seria a operação com o Citi.
Curiosamente, Setubal tem sido apontado como um dos
principais opositores do governo Dilma. Ele já criticou a política de
redução de juros em entrevistas internacionais, tem como
economista-chefe Ilan Goldfajn, que pede abertamente que o governo
promova a recessão e o desemprego para combater a inflação, e nomeou
também como conselheiro o ex-ministro Pedro Malan, que hoje é um dos
principais gurus econômicos de Aécio Neves.
http://www.brasil247.com/pt/247/portfolio/98048/Exclusivo-Citi-pode-entrar-no-controle-do-Ita%C3%BA.htm
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