sábado, 21 de julho de 2012

Leandro e os aloprados: Cachoeira queria pegar o Lula


Saiu na Carta Capital artigo de Leandro Fortes:

Saiu na Carta Capital artigo de Leandro Fortes:

Aloprados e aloprados

Durante as investigações da Operação Monte Carlo, a Polícia Federal apreendeu um material que pode ser a pista para a compreensão de uma dos mais estranhos episódios da história política recente. Trata-se de gravações de uma conversa entre o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, e o jornalista Mino Pedrosa, ex-repórter da Isto É e hoje autor do site QuidNovi, sobre o chamado “escândalo dos aloprados”, como ficou conhecida a suposta tentativa de compra de um dossiê contra o então candidato a governador de São Paulo José Serra (PSDB) em 2006.

Curiosamente, o material foi apreendido na casa de Adriano Aprígio de Souza, ex-cunhado do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Souza foi preso em julho pela PF, na esteira das investigações sobre o grupo. Ao analisar o material, a PF encontrou o grampo de uma conversa ocorrida em 2006 entre Dadá e Mino Pedrosa no qual o jornalista dizia ter informações sobre como o dossiê foi negociado. Dadá é apontado pela PF como araponga do grupo de Cachoeira.

O escândalo, que tumultuou as eleições daquele ano, eclodiu após um assessor da campanha de Aloizio Mercadante, candidato do PT ao governo paulista, ser pego ao entrar num hotel em São Paulo para supostamente comprar informações contra o adversário tucano. O material conteria documentos que ligariam o ex-ministro da Saúde à chamada máfia dos sanguessugas, como ficou conhecido o grupo investigado por desviar recursos da saúde.

Na conversa, possivelmente gravada por Dadá, Mino Pedrosa e o araponga conversam sobre as origens do escândalo dos aloprados. O jornalista revela que o dossiê havia sido confeccionado por Luiz Antonio Trevisan Vedoin, pivô dos sanguessugas, e oferecido aos petistas. No entanto, quando a negociação avançou, o mesmo Vedoin entrou em contato com um emissário da campanha José Serra – que teria acionado a Polícia Federal. O plano de Vedoin era criar um fato político contra o PT durante a eleição.

Em seguida, Mino Pedrosa diz ter em mãos informações que poderiam ser a “bala de prata” para “matar o Barbudo”, numa clara referência ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, postulante à reeleição. O jornalista afirma ter informações de que a proximidade de Lula com seu ex-assessor pessoal Freud Godoy, suspeito de participação na compra do dossiê, poderia mudar os rumos da eleição de 2006.

Para comprovar as suspeitas, Pedrosa pede a Dadá que obtenha clandestinamente os documentos junto ao Coaf e à Receita Federal sobre movimentações financeiras de Lula para confirmar as suspeitas.

O episódio mostra como o grupo de Cachoeira agia para alimentar informações para tumultuar o ambiente político – e que nem mesmo o presidente estava imune a ação dos arapongas. Leia estas e outras revelções na edição desta semana de CartaCapital, nas bancas a partir desta sexta-feira 20.


2 comentários:

Unknown disse...

STF na mira dos golpistas, ou mata, ou dá espetáculo de graça, ou morre!
1 Ayres Britto e demais ministros do Supremo tribunal federal terão que pisar em ovos com alguns da grande imprensa durante o processo do Mensalão do PT, porque eles representam o golpe branco em si, lobos travestidos de cordeiros, estão por trás desta grande arapuca minuciosamente aguardada desde o início. E para tentarem concretizá-la não têm nenhum pudor, alisam com a esquerda para bater com a direita (sempre com a direita) José Antonio Dias Toffoli já teve uma breve demonstração do que estou falando, e que serviu para todos. Sem a mínima compaixão ou ética caso ela não passasse de uma ilusão, utópica, usada na maioria das vezes para o mal.
Caso o STF no mínimo não dê o espetáculo que tanto esperam, no mínimo meia-dúzia de ministros terão suas vidas arrasadas publicamente. Julgamento não é espetáculo, e neste caso tem que por obrigatoriedade do risco que a nação, julgadores e réus correm, ser a portas fechadas.
O Brasil não é obrigado a fomentar os negócios de comunicação dos golpistas, usando o golpe branco que querem dar para ainda faturar milhões de dólares nas costas de um julgamento do STF.
Deixei comentário no que inspirou-me a este artigo, um outro artigo da Carta capital. "Cachoeiroduto - Aloprados e Aloprados" - Artigo este, o da Carta Capital, que é o retrato do que alguns meios de comunicação de massa gigantes fazem e ou tentam fazer há muito tempo no Brasil.
Ou contratam políticos como soldados mercenários ou vice-versa ou os aliciam à força, sob ameaças de denúncias de inclusive divulgarem particularidades de suas vítimas que os submeteriam no mínimo a constrangimentos caso não se submetam às suas vontades. Antes os investigam dos fios do cabelo aos pés, por anos seguidos, até encontrarem algum de seus erros (e que ser humano não os tem) para depois chantageá-los.
Os Mensalões e Principalmente O Mensalão do PT é a demonstração mais literal deste tipo de bandidismo camuflado que vem ocorrendo no Brasil, para um golpe branco.

Unknown disse...

2 Já na arapuca, suas vítimas, ordenam, ou vota em nossos projetos ou tumultuamos todo o processo do Mensalão, destruímos a carreira e reputação deste ou aquele ministro, político, advogado de defesa e ou réu.
Chantageando-os, repito, de ministros à políticos, réus, advogados de defesa e etc... No caso de alguns da grande mídia por motivo claro, o golpe branco para que grupos estrangeiros possam usurpar cada vez mais das nossas riquezas. Outros por índices altos de audiência, para faturamento.
Dentre tantas as vítimas desta tentativa de golpe branco, cito dois homens. Que durante todos os anos deste processo até os dias de hoje foram, de forma diferente, atacados, desonrados, humilhados, ofendidos, acusados, pré-julgados e condenados diante a sociedade brasileira e seus amigos e familiares, da forma mais covarde que se há de acontecer. Sem direito de defesa. Um deles até preso, encarcerado, por inúmeras vezes se ainda não o estiver.
Mas à bem da verdade desde o início deste golpe, ambos, de tão perseguidos, acuados e usados como boi de piranha para esta crueldade, que; viveram quando não literalmente atrás das grades, em cárcere privado por todos estes anos. Ao revelar seus nomes a justiça tocará seus corações, leitores, e os senhores examinarão instântaneamente e concluirão que digo a verdade quanto a toda esta armação. Que envolveu muito dinheiro e traição.
São eles, as maiores vítimas, Zé Dirceu e Marcos Valério.
Em vários artigos sobre esta tentativa de golpe branco no Brasil enumerei-os como parte de uma saga, particular, e este é o Saga 8.
José da Mota.