Jornal britânico Independent afirma que Vaticano investiu R$ 58 milhões
em apartamentos de um edifício em Roma que abriga a maior sauna gay da
Europa; dezoito dos 115 cardeais, que já estão reunidos para a escolha
do sucessor de Bento 16, residem no prédio; denúncia acontece em meio a
especulações sobre a renúncia do teólogo alemão pela suposta descoberta
de purpurados homossexuais; votação para novo papa está marcada para as
13h de Brasília, mas cardeais participam de um ritual rigoroso, que
inclui missa, juramento e uma pequena procissão a pé, desde as 6h.
247 com agências internacionais – No dia em que
começa o conclave para a escolha do novo papa, jornais internacionais
repercutem mais um escândalo envolvendo a Igreja Católica. O britânico
‘Independent’ informou na segunda-feira que o Vaticano teria investido
23 milhões de libras (R$ 58 milhões) em apartamentos de um edifício em
Roma, no qual funciona a maior sauna gay da Europa. O investimento foi
feito em 2008, após a Igreja ter recebido benefícios fiscais durante o
governo do então premiê italiano, Silvio Berlusconi.
Dezoito dos 115 cardeais que participam hoje do conclave residem no
edifício. Um deles é o conservador Ivan Dias, chefe da Congregação para
Evangelização dos Povos, de 76 anos, que vive no mesmo andar onde
funciona a sauna. Uma de suas crenças é de que gays e lésbicas podem ser
curados de suas “tendências não naturais através do sacramento da
penitência”.
A denúncia acontece em meio a especulações sobre a renúncia de Bento
16 devido à presença de cardeais homossexuais dentro do Vaticano.
Cardeais estão reunidos desde as 6h
Renata Giraldi
Enviada Especial da Agência Brasil/EBC
Vaticano – A partir das 10h (6h de Brasília) de hoje
(12), os 115 cardeais que têm direito a voto e vão eleger o sucessor do
papa Bento XVI estarão concentrados para a primeira votação do
conclave. Apesar de a votação estar marcada para as 17h (13h de
Brasília), os cardeais participam de um ritual, que inclui missa,
juramento e uma pequena procissão a pé, acompanhada por cantores
religiosos.
A previsão dos especialistas em Vaticano, os vaticanistas, é que o
conclave dure de três a 11 dias. No século 20, as eleições mais rápidas
foram as dos papas João Paulo II, em 1978, e Bento XVI, em 2005. A
eleição do papa João Paulo II levou três dias. A mais longa do século
passado foi a de São Pio X, que demorou cinco dias.
No conclave ocorrerá hoje apenas uma votação à tarde. A previsão é
que a fumaça branca, no caso de eleito o papa, ou escura, se não houver
consenso, seja emitida pela chaminé na Capela Sistina, na Praça de São
Pedro, no fim da tarde ou começo da noite. O porta-voz do Vaticano,
Federico Lombardi, lembrou ontem (11) que quando Bento XVI foi eleito,
em 2005, a fumaça branca foi vista no fim da tarde.
Antes da votação, os cardeais fazem um juramento de manter o sigilo sobre tudo o que ocorrer durante o conclave. Há um juramento comum e outro individual. No comum, cada cardeal, com a mão sobre o Livro dos Evangelhos, diz que: “Prometo e juro, assim que Deus me ajude e os Santos Evangelhos me guiem”.
Antes da votação, os cardeais fazem um juramento de manter o sigilo sobre tudo o que ocorrer durante o conclave. Há um juramento comum e outro individual. No comum, cada cardeal, com a mão sobre o Livro dos Evangelhos, diz que: “Prometo e juro, assim que Deus me ajude e os Santos Evangelhos me guiem”.
O processo de votação segue um ritual, no qual cada cardeal escreve o
nome do seu escolhido em uma cédula de papel, em tamanho retangular, e
disfarçando a letra. Cada eleitor deve depositar a cédula, na presença
de seis cardeais – três escrutinadores e a mesma quantidade de
revisores.
Após a votação, as cédulas são contadas e recontadas. Cada um dos
votos é costurado com linha e depois colocado no forno para ser
queimado. A cor que revela se houve escolha do papa é dada por um
produto químico que é adicionado. A cor branca indica que foi escolhido o
sucessor. A cor escura mostra que o conclave ainda buscará o consenso.
Em caso de ausência de consenso, devem ocorrer até duas votações por
dia durante o conclave. Para a eleição do papa, são necessários dois
terços dos votos dos presentes, no caso 77 cardeais. Se em três dias não
houver consenso, a votação deverá ser suspensa por 24 horas para
orações e reflexões. Depois, são promovidos mais sete dias de votações
até completar um total de 34.
Se depois de 34 votações não for alcançado o consenso, é feita uma
eleição entre os dois candidatos que mais receberam votos. O escolhido
deve dizer se aceita ser papa. Em caso positivo, ele é apresentado aos
fiéis na Praça de São Pedro. Em seguida, são feitos os preparativos para
a chamada cerimônia de coroação.
http://www.brasil247.com/pt/247/mundo/95943/Conclave-come%C3%A7a-com-esc%C3%A2ndalo-da-sauna-gay.htm
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