Ricardo Kotscho
Mal deu tempo para a oposição tripudiar sobre o
"pibinho" de 0,9% anunciado na semana passada, e a economia
brasileira já começa a dar os primeiros sinais de recuperação neste início de
ano.
Os últimos números são animadores. Por exemplo: depois de
quatro trimestres seguidos de queda, os investimentos registraram um
crescimento de 0,5% nos últimos três meses de 2012, o que o governo atribui aos
cortes nas taxas de juros.
Outros indicadores importantes: com os cortes nas tarifas, o
consumo de energia cresceu 4% em janeiro e, o de papel ondulado, 10%. A venda
de caminhões e máquinas disparou no momento em que o País começa a colher a
maior safra de grãos da sua história.
No mercado de trabalho, a renda aumentou e a taxa de
desemprego, em 2012, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas
Aplicadas), ficou em 5,5%, a menor média anual dos últimos dez anos.
A inflação anual continua girando em torno de 6% ao ano, é
verdade, bem acima da meta de 4,5%, mas vai registrar uma desaceleração de
janeiro, quando chegou a 0,86%, para 0,4%,em fevereiro.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou animado com a
receptividade que encontrou na viagem aos Estados Unidos, na semana passada, em
que deu início ao "road-show" programado pelo governo para atrair
investidores estrangeiros, em especial para a área de infraestrutura. E já
pensa em agendar encontros também na Ásia.
Na contramão do noticiário negativo sobre as perspectivas da
economia brasileira, que alimentam os discursos da oposição de olho nas
eleições presidenciais, a Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas
Transnacionais (Sobeet) divulgou nesta segunda-feira um estudo mostrando o
acelerado aumento de investimentos estrangeiros diretos (IED) no país entre
2003 e 2012.
Nestes dez anos, o Brasil pulou do 15º pra o 4º lugar entre
os países que mais atraíram investimentos, ficando atrás apenas dos Estados
Unidos, da China e de Hong-Kong. Segundo a Agência Estado, a participação
brasileira nos fluxos de investimento foi a que mais cresceu no mundo neste
período, passando de 1,7%, em 2003, para 5%, em 2012.
Sempre que o caro leitor sentir o desânimo bater, depois de
ler a opinião dos analistas econômicos e especialistas em geral na grande
imprensa, vale a pena dar uma ligada para o Ministério da Fazenda e checar como
andam as coisas.
Serve, pelo menos, para não perder as esperanças e começar a
semana mais animado.
SINTONIA FINA
http://asintoniafina.blogspot.com.br/2013/03/economia-da-os-primeiros-sinais-de.html
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