quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Vale envolvida em corrupção tucana no governo Aécio: grilagem de terras públicas com jazidas de ferro




O governador Anastasia e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli, em recente convênio.



A mineradora, através de suas subsidiárias e controladores financiaram a campanha tucana de Minas, em 2010, com pelo menos R$ 7,25 milhões


Na terça-feira (20), a Polícia Federal de Montes Claros (MG) desbaratou uma organização criminosa que atuava há anos na grilagem de terras públicas do governo de Minas Gerais com jazidas de ferro.


O esquema era uma espécie PPP (Parceria Público-Privada) da corrupção:


1) Servidores do órgão estadual do governo de Minas responsável pela reforma agrária, o ITER/MG (Instituto de Terras de Minas Gerais) transferiam a posse das terras do estado para “laranjas”, que jamais tinham sido proprietários ou possuidores de terras na região;


2) A seguir, numa outra operação fraudulenta, o "laranja" vendia a terra a um intermediário, tal como um corretor de imóvel rural;


3) O intermediário fechava o ciclo do esquema, revendendo a terra para grandes mineradoras;


Segundo a Polícia Federal, para fazer a fraude da grilagem, os criminosos cometeram os delitos de:


- falsificação de documentos públicos e particulares;


- falsidade ideológica;


- corrupção ativa e passiva;


- formação de quadrilha- e lavagem de dinheiro.


O principal alvo dos criminosos eram vastas extensões de terras públicas no extremo-norte do Estado de Minas Gerais (principalmente nos municípios de Rio Pardo de Minas e Indaiabira), onda há jazidas, recentemente descobertas, estimada em 10 bilhões de toneladas. A operação atingiu várias cidades, com diligências policiais em Belo Horizonte, Oliveira e Divinópolis, em Rio Pardo de Minas, Salinas, Serranópolis de Minas, Taiobeiras, Janaúba, Curvelo.


Sequestro de R$ 41 milhões pagos pela ValeSegundo documento do Ministério Público (MP), “em apenas um dos casos sob investigação, a Vale S/A comprou – efetuando pagamento único e em espécie – vasta extensão de terras subtraídas criminosamente do Estado de Minas Gerais pelo espantoso valor de R$ 41 milhões”.


A operação financeira foi detectada pelo COAF em 28 de agosto, segundo o MP.


A Justiça determinou o sequestro deste dinheiro.


Dois prefeitos do DEM suspeitos de integrarem o esquema criminosoO Ministério Público pediu o afastamento dos prefeitos de Indaiabira, Marcus Penalva Costa (DEM) e de Vargem Grande do Rio Pardo, Virgílio Penalva Costa (DEM). Ambos são suspeitos de integrarem o esquema.


Corrupção tucana no alto escalãoCom a operação atingindo em cheio o ITER/MG, o governo tucano de Antonio Anastasia afastou ontem o secretário de Regulação Fundiária, Manoel Costa.



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