sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Execução só é crime para os “outros”?




Nas últimas 24 horas, foram excutadas três pessoas, por sentença judicial.


Uma no Irã: um jovem de 17 anos condenado por homicídio . Outra na China: um paquistanês condenado por tráfico de drogas.


Ambos os países merecem, por conta destas execuções, condenações internacionais por atentarem contra os direitos humanos.


A terceira pessoa foi executada nos Estados Unidos.


Troy Davis, um homem negro de 42 anos, foi condenado à morte em 1991 pelo homicídio do policial Mark Allen Macphail em Savannah, no estado da Geórgia. Sete das nove testemunhas-chave do julgamento de Davis retiraram ou alteraram o seu testemunho, algumas alegando coerção policial.


As dúvidas fizeram um milhão de americanos, entre eles o ex-presidente Jimmy Carter, e o próprio Papa Bento XVI pedirem a suspensão da excução. Inutilmente: Davis foi executado esta madrugada.


Direitos humanos e valores da civilização, para que se exija seu respeito universal, devem ser, também, universais.


Não podem valer só “contra” os países que destoam do coro ocidental e não valer contra o mais poderoso deles. E ainda mais quando este se arroga o direito de “polícia do mundo” a pretexto de defendê-los.


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