Por Altamiro Borges
O PSDB divulgou hoje à tarde uma nota oficial confessando que sentiu o baque com o pronunciamento de Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e tevê na noite de quarta-feira. Os tucanos adoram a "liberdade de expressão" dos "calunistas" da mídia. Eles têm orgasmos com as análises "imparciais" de Miriam Leitão, Merval Pereira, Ricardo Noblat e até com os rosnados dos pitbulls da Veja. Mas ficaram indignados com a presidenta, que anunciou à nação a redução das contas de luz e retrucou os "pessimistas" de plantão. A tal "liberdade de expressão" da direita não contempla sequer a presidenta eleita pela maioria dos brasileiros.
O PSDB divulgou hoje à tarde uma nota oficial confessando que sentiu o baque com o pronunciamento de Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e tevê na noite de quarta-feira. Os tucanos adoram a "liberdade de expressão" dos "calunistas" da mídia. Eles têm orgasmos com as análises "imparciais" de Miriam Leitão, Merval Pereira, Ricardo Noblat e até com os rosnados dos pitbulls da Veja. Mas ficaram indignados com a presidenta, que anunciou à nação a redução das contas de luz e retrucou os "pessimistas" de plantão. A tal "liberdade de expressão" da direita não contempla sequer a presidenta eleita pela maioria dos brasileiros.
Na nota oficial, o PSDB afirma que "o governo do PT acaba de ultrapassar
um limite perigoso para a sobrevivência da jovem democracia brasileira.
Na noite desta quarta-feira, o país assistiu à mais agressiva
utilização do poder público em favor de uma candidatura e de um partido
político: o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff... Durante os
oito minutos de divulgação obrigatória por parte das emissoras de rádio e
TV brasileiras, a presidente Dilma faltou com a verdade, fez ataques a
seus adversários, criticou a imprensa e desqualificou os brasileiros que
ousam discordar de seu governo".
Na maior caradura, a nota afirma ainda que "o conceito de República foi
abandonado. A chefe da Nação, que deveria ser a primeira a reconhecer-se
como presidente de todos os brasileiros, agora os divide em dois
grupos: o 'nós' e o 'eles'. O dos vencedores e o dos derrotados. Os do
contra e os a favor. É como se estivesse fazendo um discurso numa
reunião interna do PT, em meio ao agitar das bandeiras e ao som da
charanga do partido... No governo do PT, tudo é propaganda, tudo é
partidarizado".
Os tucanos, que minguam a cada eleição, parecem que esqueceram a postura
autoritária que adotaram no triste reinado de FHC. Exército acionado
para reprimir os grevistas da Petrobras, ações truculentas contra
ocupações de terras ociosas, rolo-compressor no Congresso Nacional,
submissão do Judiciário e relação promíscua com os barões da mídia. Quem
sempre desqualificou os adversários foram os caciques tucanos, que
acusaram os que resistiram à privataria das estatais e à retirada de
direitos trabalhistas de "dinossauros". Para usar uma famosa expressão
de FHC, os tucanos agora repetem o blablablá dos derrotados.
A reação intempestiva e patética do PSDB ao pronunciamento da presidenta
confirma porque a direita teme tanto a regulação democrática da mídia.
Ela quer manter o monopólio da palavra nas emissoras de rádio e TV, que
são concessões públicas. Ela quer garantir a exclusividade de espaço
para os seus porta-vozes na radiodifusão, para os seus "calunistas"
amestrados. O PSDB sabe que só sobrevive hoje graças à "turma do contra"
da mídia venal. Quando Dilma utilizou um direito constitucional, a
direita sentiu o baque!
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/01/dilma-na-tv-psdb-sentiu-o-baque.html
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