Por Davis Sena Filho – BlogPalavra Livre
Eu não sei o que se passa com a imprensa brasileira de direita e de negócios privados. Estranho mesmo. Os jornalões O Globo e Folha de S. Paulo ficaram
literalmente “surpresos” com a presença do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva em reunião esta semana com o prefeito de São Paulo,
Fernando Haddad e seu secretariado. Realmente, os tons das críticas
foram dramáticos, e, irremediavelmente, irônicos. É a verdadeira
palhaçada.
Os editores de tais jornais
conservadores, que lideram há dez anos, no lugar do PSDB, a oposição
política aos governos trabalhistas, ficaram primeiramente assoberbados,
para logo se sentirem inconformados com a visita do maior líder político
do Brasil, filiado ao PT e que visitou um prefeito eleito pelo mesmo
partido, com o apoio do ex-mandatário brasileiro. Incrível, não? Nunca
vi tanta desfaçatez.
Lula foi decisivo na eleição que elegeu
Haddad, bem como na que elegeu Dilma Rousseff presidenta do Brasil,
política também filiada ao PT. Mesmo assim, de forma insensata e
intolerante, os jornalões porta-vozes da direita brasileira e
estrangeira se dão o direito e ao luxo de ficarem absolutamente
boquiabertos, quiçá, estupefatos, com a presença de Lula em reuniões com
autoridades que integram o mesmo partido e que foram, além de tudo,
ministros do Governo do político trabalhista.
No dia 25, Lula vai se encontrar com a
presidenta Dilma Rousseff, e vai falar de política, de programa de
governo, de projetos e também de estratégias para enfrentar uma direita
hidrofóbica, mas derrotada; intolerante, mas fracassada; escandalosa,
mas mentirosa; preconceituosa, mas dissimulada; e golpista, pois
violenta como demonstrou no passado e a agora se comporta como tal no
presente.
Ao prefeito paulistano, Fernando Haddad,
Lula pediu por uma administração democrática, "a maior proximidade
possível da gestão municipal com a população". Solicitou ainda atenção
com os pobres, em especial com os moradores de rua. Além disso, o líder
trabalhista pediu ao prefeito a elaboração de projetos que viabilizem
maiores aportes orçamentários para que São Paulo tenha recursos como
ocorreu com o Rio de Janeiro, que hoje vivencia um ciclo financeiro,
econômico e social formidável.
O Rio de Janeiro, Estado da Federação
abandonado por mais de três décadas pelos sucessivos presidentes da
República, que foi ao fundo do poço e se tornou o alvo preferencial da
imprensa de mercado. O Rio cuja capital é a cidade mais internacional do
Brasil e que foi incessantemente e sistematicamente injuriado e
caluniado pelo sistema midiático paulista e pela carioca Organizações(?)
Globo, que sempre tiveram seus interesses políticos e econômicos no
Estado de São Paulo e que há quase 20 anos apoiam, indubitavelmente, o
PSDB dos tucanos e seus aliados. Lula mudou esse terrível panorama. O
povo carioca sabe disso; e a Globo, para seu desgosto, também.
Para quem quiser saber, o ex-presidente
Lula vai se encontrar com a presidenta Dilma para conversar sobre
assuntos de estado e de governo. Lula, tal qual a Getúlio Vargas, mesmo
fora do poder, ou seja, sem mandato, tem prestígio político e o respeito
da maioria da população brasileira. A resumir: Lula não é o FHC e muito
menos o FHC – o Neoliberal – é o Lula. Por quê? Porque Lula tem voto e
influência, tanto em âmbito interno quanto externo. O O Globo e a Folha sabem disso, como sabiam os pais dos atuais proprietários desses jornalões no que diz respeito a Getúlio Vargas. Ponto.
O ex-mandatário petista tem tanto
prestígio que vai levar a Dilma Rousseff as reivindicações e as
reclamações de setores importantes e poderosos do empresariado e dos
bancos, que procuraram o ex-presidente Lula para que ele fizesse uma
ponte e com isso os empresários pudessem ser ouvidos com maior atenção
pela presidenta Dilma. A esses fatos se dão os nomes de prestígio e
influência, realidades que os candidatos a qualquer coisa dos barões da
imprensa não têm.
Lula nunca se importou com tal baronato,
que compõe o setor mais atrasado do empresariado e que ainda sonham com
a Política do Café com Leite ou até mesmo com a volta da escravidão. A
imprensa comercial e privada é golpista e se aproveita de qualquer
subterfúgio para pôr os “seus” (tucanos) no poder ou qualquer
aventureiro político que o valha, como, por exemplo, o Luciano Huck.
Lula vai à Dilma e ao Haddad, porque é assim que se faz política. É isso
aí.
http://blogdadilma.com/index.php/lula/1951-lula-deixa-folha-e-o-globo-surpresos-e-a-fazer-palhacadas
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