sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dilma sinaliza controle cambial




“Temos de nos defender desse imenso, fantástico, extraordinário mar de liquidez que se dirige para nossas economias, buscando a rentabilidade que não tem nas suas”.
A frase, dita no final da noite de ontem pela Presidenta Dilma Roussef, na reunião da Unasul, um dia depois de ter baixado uma Medida Provisória que, embora tenha resultado numa alíquota baixa, de apenas 1%, acena com a possibilidade de se taxar em até 25% os movimentos cambiais de natureza especulativa , parece demonstrar que – embora de forma não convencional, com os estabelecimento de cambio fixo – o governo brasileiro convenceu-se de que temos de caminhar para o controle do câmbio.
Dilma, qye dalou logo apos a posse de Ollanta Humala ma Presidencia do Peru tem toda a razão quando afirma que a “insensatez” e a “incapacidade política” dos Estados Unidos e da União Europeia para resolver seus problemas econômicos são uma “ameaça global”.
E, diante de uma ameaça externa, uma nação, tal e qual uma pessoa, tem de cuidar das portas e das janelas.
Na economia, estas portas e janelas chamam-se câmbio.
No mundo ideal do “mercado”, o câmbio deveria ser livre e refletir a saúde das moedas nacionais.
Na vida prática não é assim e as nações lutam para que, pelo sua importância no mundo, suas moedas se imponham sobre as demais, de acordo com suas conveniências.
A China “segurou” o seu yuan, durante uma década ante as pressões para desvalorizá-lo. A Europa fez da moeda comum a tentativa - de início bem sucedida, mas que parece frustrada a cada dia – de apresentar o Euro como padrão nas trocas e investimentos.
Mas o dolar, o dólar continua sendo a moeda mundial e isso vem do pós-guerra, quando os EUA tornaram-se a potência hegemônica.
E ainda o são.
Mas seu declínio é visível, inexorável e perigosíssimo.
“”Não podemos incorrer no erro de comprometer tudo que conquistamos, não porque quiséssemos ou pelos erros que cometêssemos, mas pelos efeitos da conjuntura internacional desequilibrada”, proserguiu Dilma.
A “conjuntura internacional desequilibrada” veio para ficar.
Ou o Brasil se protege dela afirmando sua soberania monetária ou põe em risco “tudo que conquistamos”


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