sexta-feira, 15 de julho de 2011

PT queria a Ley de Medios mas tem medo da Globo



Senador Jorge Viana, o problema não é a Helena



Saiu na Folha (*), pág. A10:


“Senadores do PT criticam a área de Comunicação”


Alguns senadores jantaram com as ministras Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann para reclamar da Ministra Helena Chagas, da Comunicação.

Reclamam porque o Governo da Presidenta não consegue emplacar a “agenda positiva”.

E dão como exemplo o programa “Brasil sem Miséria” – aqui neste blog ansioso exposto numa entrevista com a Ministra Tereza Campello.

É um “programa maravilhoso”, diz o senador Jorge Viana. “Mas precisamos divulgá-lo mais”.




Não adianta botar a culpa na Helena, Senador.O PiG (*) foi quem decidiu boicotar o “Brasil sem Miséria”.

Gastou mais tempo a discutir “a linha da miséria”, a partir de que ponto alguém é “miserável” – uma filigrana acadêmica – do que o programa propriamente dito.

Assim será, senador: sempre.

A Ministra Helena Chagas pode chamar o Tiririca, a Glória Pires, o Bono – quem ela quiser para “vender” o Brasil sem Miséria, que o PiG (*) não vai deixar passar.

É o Muro do Silêncio, em outras partes chamado de Muro da Vergonha.

Se o Ali Kamel não quiser, senador, o programa não vai ao Acre.

Então, em lugar de reclamar da Helena Chagas, seria melhor a bancada do PT no Senado ir pra cima do Ministro Bernardo e arrancar uma Ley de Medios.

Veja que, como diz o Laurindo Lalo Leal Filho, a Ley de Médios já vale na Argentina: a Cristina Kirchner já começou a abrir o mercado de concessões de televisão.

Começou a fazer nas telecomunicações o que o CADE fez com a BRFoods: monopólio para prejudicar o consumidor, não.

E a Cristina vai entregar metade das novas concessões a instituições não empresariais.Mas, lá na Argentina, a democracia pega mais firme.

Os torturadores do regime militar estão na cadeia.

O Nestor Kirchner demitiu os ministros da Suprema Corte nomeados pelo Menem …Senador Jorge Vianna, dê um pulo a Buenos Aires.

É sempre uma viagem adorável.

Ah, que inveja da Argentina !


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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