Mudou o ano, estamos de volta ao batente aqui no blog e ao agradável
bate-papo diário com vocês e só a oposição não muda, não se encontra,
nem cai na real. Suas criticas às medidas fiscais e monetárias do
governo Dilma Rousseff, a seu ativismo anticíclico e à defesa comercial
do Brasil são um atestado da absoluta falta de alternativas da oposição.
Nos jornalões de hoje, a oposição continua a campanha intensificada na
virada do ano, mas a vida desmente nossos adversários. É só ver na mídia
que o presidente da França, François Hollande, vai usar 2 bilhões de
euros do orçamento para combater o desemprego e que os bancos centrais
(BCs) afrouxam as regras para os bancos... Como vemos, sem Estado e sem
apoio dos BCs não há salvação. Mas O Globo, jornal dos Marinho, por
exemplo, ouve a oposição e até estimula convocação do ministro da
Fazenda para explicar a política fiscal do governo Dilma. Decididamente
não aprendem...
Salta à vista, portanto, o ridículo dos porta-vozes da oposição,
especialmente do tucanato defendendo, de novo, o Estado mínimo e
criticando o governo pelo que chamam de estatismo, de intervenção na
economia. O ridículo fica mais atroz ainda porque nos EUA e na Europa, o
Estado, os governos, os bancos centrais, o FMI e a União Europeia
intervêm na economia despejando trilhões de dólares e euros para salvar
bancos e empresas, eliminando direitos e conquistas sociais e jogando
seus países e povos na recessão e no desemprego.
Oposição quer volta ao passado
Mas aqui a oposição segue em sua ofensiva visando a restabelecer como
centro da política econômica as medidas de austeridade e de
desregulamentação da economia, de privatização e combate à inflação, e
não o crescimento do emprego e principalmente da renda, com aumento real
dos salários, a criação de empregos e a defesa de nossa indústria, com
investimentos públicos não apenas na infraestrutura mas, também, em
educação e inovação, que nesse ano representaram os maiores
investimentos do governo federal.
Assim, a gritaria histérica dos jornalões corre solta em paralelo às
entrevistas e artigos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e dos
economistas - quase todos banqueiros hoje - que assessoram o tucanato
nesse retorno ao passado, no qual pregam a volta das privatizações, o
corte de gastos públicos e juros e superávit mais altos.
Atacam, ainda - e como! - o papel do Estado e alimentam uma campanha que
já ganhou curso nos jornalões na Europa, acusando o governo Dilma de
intervencionista em prejuízo dos investimentos privados. Não se pejam,
fazem-no exatamente quando o país recebe US$ 60 bilhões de Investimento
Direto Externo (IDE) no ano passado e sustenta o maior programa de
investimentos públicos dos últimos 30 anos, representado pelo PAC e
pelas inversões em petróleo, gás e energia.
Crescimento com base no mercado interno não se esgotou
Querem nos convencer de que o crescimento apoiado no mercado interno se
esgotou, quando é exatamente o contrário. Temos uma economia basicamente
voltada para o nosso mercado interno e os dos nossos vizinhos -
mercados, registre-se, de uma dimensão única, com 400 milhões de
habitantes, ávidos por serviços, capitais e tecnologia, bens essenciais e
serviços públicos.
Sem contar que internamente ainda temos um mercado a ser atendido de
pelo menos 70 milhões de brasileiros que carecem de habitação,
saneamento, transportes, serviços de saúde, educação, e insumos
domésticos. Toda a infraestrutura do país está em reconstrução e nossa
demanda de energia só cresce. Assim, como pode alguém pregar que nosso
crescimento não pode se apoiar mais no nosso mercado interno?
Apoiar nosso crescimento no mercado interno evidentemente não significa
abandonar ou desprezar o mercado externo. Pelo contrário, toda nossa
politica externa e comercial visa exatamente o aumento das exportações e
dos investimentos apesar da crise mundial que vivemos.
http://contextolivre.blogspot.com.br/2013/01/ataque-politica-economica-do-governo.html
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