Dirceu reafirma sua inocência, mais uma vez, agora com base em declaração de Roberto Gurgel em entrevista à Folha de São Paulo:
Havia uma grande preocupação e, eu diria, o grande desafio desse processo era provar a responsabilidade das pessoas que integravam o chamado núcleo político. Por que? Porque efetivamente essa prova é diferenciada. Não é a prova direta que você tem em relação a executores da conduta criminosa quando você tem a quadrilha. Aquelas pessoas que estão no topo da quadrilha elas tem sempre uma participação cuidadosa e, por isso mesmo, provas diretas são praticamente impossíveis. Daí considerar extremamente positivo demonstrar a responsabilidade penal dessas pessoas com o Supremo entendendo que toda prova que era possível produzir nessas circunstâncias foi efetivamente produzida e oferecida pelo Ministério Público.
Dirceu questiona a manutenção dos diretos constitucionais a partir do
memento em que ele foi acusado, julgado e condenado sem provas diretas,
como diz o próprio procurador geral.
Uma pessoa que é condenada à privação de liberdade deve ter provas muito contundentes contra si.
Existe uma máxima do direita que fala em ser preferível libertar um
culpado do que prender um inocente. Portanto, não se
deve prender algum
com base em indícios.
Dirceu ainda fala:
Na entrevista, o procurador-geral ainda tenta, sem sucesso, manter algum resquício de coerência em suas declarações ao justificar minha condenação com base no uso equivocado da teoria do domínio do fato. Tal uso equivocado já foi exaustivamente apontado por juristas e acadêmicos ao longo do julgamento.
Indício e provas o procurador-geral tinha contra Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira. E ele se recusou a investigá-los.
Não sou advogado de Dirceu, mas o que será da manutenção do Estado de
Direto se condenamos réus, indiscriminadamente, sem provas?
http://todeolhomalandragem.blogspot.com.br/2013/01/dirceu-reafirma-sua-inocencia-agora-com.html
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