sexta-feira, 1 de julho de 2011

Os “irmãos cara-de-pau” da economia: dólar e juros




O dólar fechou hoje na mínima cotação desde antes da crise mundial de 2008; R$ 1,562.


Sinal de que o capital estrangeiro continua entrando a rodo na economia.


Na Folha, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não foi suficiente para reduzir o fluxo de capitais ao Brasil.


Segundo ele, “o sinal amarelo está aceso” e será preciso tomar medidas adicionais.


“Pimentel disse que o capital continua a entrar no Brasil, ainda que de forma camuflada. Além das medidas no curto prazo, ele defendeu que, no longo prazo, só há uma forma de desestimular a entrada de recursos financeiros no país: reduzir a taxa básica de juros.
“Temos juros incompatíveis com os fundamentos da economia. A economia brasileira é sólida o suficiente para reduzir os juros”, disse o ministro.


O ministro está certíssimo. Como passarinho quer alpiste, capital internacional ( e nacional, dos bancos e empresas que tomam dinheiro lá fora) quer lucro rápido no que chamam de “arbitragem”: pegar dinheiro lá fora a 2% ou menos e aplicar aqui nas nossas taxas estratosféricas, elevadas ao espaço sideral em nome do combate à inflação.

Quem paga a diferença – nisso, não há dúvida, embora não haja ninguém na grande mídia vociferando com este mau negócio – é, aí sim, o dinheiro público, do Tesouro, que tem de “enxugar” a liquidez de moeda provocada pela conversão em moeda brasileira da “enxurrada” de dólares entrantes. E, para isso, tem de vender títulos. E títulos, claro, pagando o “taxão” fixado lá em cima.


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