Política pública atacada em editoriais e no noticiário da mídia
tradicional desde 2009, Exame Nacional do Ensino Médio avança na
população estudantil; adesão cresce 28% sobre o ano passado, chegando
agora a 7,8 milhões de inscrições; "É um verdadeiro tsunami a favor de
mais ensino de qualidade", disse o ministro da Educação ao 247; Aloizio
Mercadante se consolida como portador de boas notícias para a presidente
Dilma Rousseff
247 – O ministro Aloizio Mercadante, da Educação, está exultante. Na
tarde desta terça-feira 28, ele comemorou um resultado que, na prática,
deixa no vazio as críticas permanentes da mídia tradicional contra o
Exame Nacional do Ensino Médio. Em editoriais com posicionamentos
frontalmente contrários à substituição dos vestibulares tradicionais, ou
no noticiário que superdimensionou problemas pontuais, jornais,
revistas e tevês questionam a validade do Enem desde 2009. Foi o momento
em que o exame, criado em 1998, passou a concorrer com os vestibulares
tradicionais como via alternativa oficial de acesso ao ensino superior -
e a trombar com interesses dos cursinhos pré-vestibular.
O Ministério da Educação divulgou hoje que 7,8 milhões de estudantes
se inscreveram no Enem 2013, cujas provas serão aplicadas em 26 e 27 de
outubro. É um número 28% maior do que o registrado no ano passado, de
6,4 milhões de inscritos. O pagamento das inscrições tem de ser feito
até amanhã, mas mesmo com desistências o recorde de participação deverá
ser mantido.
- O Enem venceu, resumiu ao 247 o ministro Mercadante. O recorde de
inscritos mostra um verdadeiro tsunami de adesões e de exigências por
mais ensino e, especialmente, por mais ensino de qualidade, completou.
O ministro acredita que o crescimento do público do Enem prova o
acerto de políticas oficiais que criaram o ProUni, que concedeu 1,2
milhão de bolsas de estudo para o ensino superior, e o Fies, que
financia com carência e juros reduzidos os alunos carentes que não
poderiam pagar mensalidades de faculdades particulares. Foram assinados
850 mil contratos desse tipo de financiamento.
- O estudante percebe que há novas chances para crescer. O Enem
aponta para a igualdade de oportunidades. O aluno sabe que, a partir do
Enem, tem condições de seguir a carreira escolhida com apoio do poder
público. Sabe que tem um mercado de trabalho para enfrentar. Ele
reconhece que a situação está melhorando.
Além do fechamento recorde das inscrições do Enem, Mercadante
festejou a aprovação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do projeto
de lei que destina cem por cento dos royalties do petróleo para o setor
de Educação.
- Para aumentarmos o percentual da Educação no PIB, essa legislação é
fundamental, comentou o ministro. Ele vai se especializando, assim, em
ser um condutor de boas notícias para a presidente Dilma Rousseff.
Politicamente, o ministro vê suas chances de ser o candidato do PT ao
governo de São Paulo subirem, ainda que, pessoalmente, tenha se
retirado da disputa. O 'não' de Mercadante não foi levado a sério pelo
ex-presidente Lula, que irá definir o nome do concorrente. Em
entrevistas, Lula continua incluindo o ministro da Educação entre seus
prováveis escolhidos.
Nesse campo, os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da
Saúde, Alexandre Padilha, concorrem com ele, assim como o titular da
Fazenda, Guido Mantega, também citado por Lula. Agora correndo por fora,
o certo é que Mercadante voltou ao páreo em ritmo forte.
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/103483/Mercadante-ao-247-%E2%80%9CCom-recorde-o-Enem-venceu.htm
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