O TERROR DO NORDESTE
Foto meramente ilustrativa
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A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais
(TJMG) suspendeu as audiências que aconteceriam de ontem, 17 de abril, até
sexta-feira, 19 de abril, para se iniciar, finalmente, o julgamento do caso de
Paulinho. Neste processo, estão sendo julgados, novamente, Cláudio Fernandes e
Celso Scafi, além de outros acusado, Sérgio Poli Gaspar.
De acordo com a assessoria do TJMG, o cancelamento se deu
por conta de uma medida de “exceção de suspeição” contra o juiz Narciso de
Castro impetrada pelo escritório Kalil e Horta Advogados, que defende Fernandes
e Scafi.
A defesa da dupla, já condenada a penas de 8 a 11 anos de
cadeia, argumenta que o juiz teria perdido a “necessária isenção e
imparcialidade” para apreciar o Caso Pavesi, ou seja, querem trocar o juiz,
justo agora que o nome do deputado Carlos Mosconi ( PSDB) veio à tona.
“Eu, sinceramente, ainda espero que haja juízes e
jornalistas em Minas Gerais para denunciar esse acinte à humanidade de Paulo
Pavesi que, no fim das contas, é a humanidade de todos nós”, afirmou o
jornalista Leandro Fortes, da revista Carta Capital que fez recente matéria
sobre o tema.
Paulo Veronesi Pavesi, então com 10 anos de idade, caiu de
um brinquedo no prédio onde morava, e foi levado para a Irmandade Santa Casa de
Poços de Caldas, no sul de Minas, onde foi atendido pelo médico Alvaro Inhaez
que, como se descobriu mais tarde, era o chefe de uma central clandestina de
retirada de órgãos humanos disfarçada de ONG, a MG Sul Transplantes. Paulinho
foi sedado e teve os órgãos retirados quando ainda estava vivo, no melhor
estilo do médico nazista Josef Mengele.
Mosconi, eleito no início do ano, pela quarta vez
consecutiva, presidente da Comissão de Saúde (!) da Assembleia Legislativa de
Minas Gerais, foi assessor especial do senador Aécio Neves (PSDB-MG), quando
este era governador do estado. Aécio o nomeou, em 2003, presidente da Fundação
Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMG), à qual a MG Sul Transplantes,
idealizada por Mosconi e outros quatro médicos ligados á máfia dos
transplantes, era subordinada.
O juiz Narciso Alvarenga de Castro, da 1ª Vara Criminal de
Poços de Caldas em fevereiro desse ano, condenou quatro médicos-monstros
envolvidos na máfia: João Alberto Brandão, Celso Scafi, Cláudio Fernandes e
Alexandre Zincone. Eles foram condenados pela morte de um trabalhador rural,
João Domingos de Carvalho.
Internado na enfermaria da Santa Casa, entre 11 e 17 de
abril de 2001, Carvalho, assim como Paulinho, foi dado como morto quando estava
sedado e teve os rins, as córneas e o fígado retirados por Cláudio Fernandes e
Celso Scafi. Outros sete casos semelhantes foram levantados pela Polícia
Federal na Santa Casa.
Todos os condenados são ligados à MG Sul Transplantes.
Scafi, além de tudo, era sócio de Mosconi em uma clínica de Poços de Caldas,
base eleitoral do deputado. A quadrilha realizava os transplantes na Santa
Casa, o que garantia, além do dinheiro tomado dos beneficiários da lista,
recursos do SUS para o hospital.
O delegado Célio Jacinto, responsável pelas investigações da
PF, revelou a existência de uma carta do parlamentar na qual ele solicita ao
amigo Ianhez o fornecimento de um rim para atender ao pedido do prefeito de
Campanha (MG). A carta, disse o delegado, foi apreendida entre os documentos de
Ianhez, mas desapareceu misteriosamente do inquérito sob custódia do Ministério
Público Estadual de Minas Gerais.
Em Minas Gerais nada se noticia de ruim sobre os tucanos,
nem quando se trata de assassinato a sangue frio de uma criança de 10 anos que
teve as córneas arrancadas, quando ainda vivia, para que fossem vendidas no
mercado negro, por 1,2 mil reais. Nada.Fonte:Novo
Jornal
http://wwwterrordonordeste.blogspot.com.br/2013/05/justica-tucana-tenta-afastar-juiz-da.html
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