Por Altamiro Borges
A Coca-Cola é uma das maiores anunciantes do mundo e do Brasil. Isto talvez explique o silêncio da mídia comercial diante de uma decisão da Justiça na semana passada. A fábrica da multinacional estadunidense em Minas Gerais foi multada em irrisórios R$ 460 mil por reduzir a quantidade de refrigerante nas embalagens de 600 ml para 500 ml. A multa, aplicada originalmente pelo Procon-MG, foi mantida pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que entendeu que "a informação da alteração da embalagem foi prestada de forma insuficiente diante da força das marcas, o que causou dano aos consumidores".
A Coca-Cola é uma das maiores anunciantes do mundo e do Brasil. Isto talvez explique o silêncio da mídia comercial diante de uma decisão da Justiça na semana passada. A fábrica da multinacional estadunidense em Minas Gerais foi multada em irrisórios R$ 460 mil por reduzir a quantidade de refrigerante nas embalagens de 600 ml para 500 ml. A multa, aplicada originalmente pelo Procon-MG, foi mantida pela Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que entendeu que "a informação da alteração da embalagem foi prestada de forma insuficiente diante da força das marcas, o que causou dano aos consumidores".
Ainda segundo a sentença, "fala-se, aqui, de produtos altamente
conhecidos – Coca-Cola, Fanta, Sprite e Kuat –, em relação aos quais o
consumidor já desenvolveu o hábito de guiar-se mais pela marca e menos
pelos detalhes do rótulo. Exatamente por isso, o fornecedor deveria ter
zelado, preventivamente, para que a informação sobre a redução de volume
fosse deveras ostensiva, clara e precisa, preservando a confiança do
consumidor... A redução do volume dos refrigerantes, sem qualquer
mudança da embalagem já reconhecida há vários anos pelo consumidor,
implicaria violação do direito do consumidor à informação clara, precisa
e ostensiva".
Segundo a fabricante, a mudança no tamanho da embalagem ocorreu em 2006
em partes de Minas Gerais e na região serrana do Rio de Janeiro. A
maquiagem do produto, que resultou em "aumento disfarçado" do preço dos
refrigerantes, segundo denúncia do Procon, garantiu maiores lucros à
filial da multinacional ianque. O roubo, porém, não mereceu as
manchetes dos jornalões e nem foi motivo de comentários ácidos dos
"calunistas" de plantão das emissoras de rádio e televisão. Um tipo de
corrupção passiva!
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2013/05/golpe-da-coca-cola-nao-e-manchete.html
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