O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por fiscalizar as distribuidoras de eletricidade, o sr. Nélson Hubner, deu hoje declarações ao Estadão que são de estarrecer. Para explicar porque não atenderá ao pedido do Procon para uma intervenção na empresa, veja só o que ele diz:
-Se fôssemos pegar os indicadores (de frequência e duração de interrupções de fornecimento de energia), teríamos de fazer intervenção em metade das empresas (que têm índices piores que da Eletropaulo)”, afirmou o diretor da Aneel.
E aí, a matéria desfila os dados da própria Aneel sobre o quadro de caos na quealidade que as distribuidoras, quase todas privatizadas, impõem aos cidadãos: os paulistanos atendidos pela Eletropaulo ficaram cerca de dez horas sem energia elétrica em abril. Os cariocas, com a Light, 14 horas. Os mineiros, 18 horas, com a Cemig. Não, não é este ano. É só no mês passado.
Com uma agência de fiscalização que já, de cara, diz que não vai fazer nada, dá pra entender porque as empresas não melhoram.
Quando à chiação do governo paulista, que é procedente, é bom lembrar que o sr. Geraldo Alckmin era o vice-governador de São Paulo quando a empresa foi entregue ao grupo AES, numa transação nebulosa, que obrigou o BNDES a assumir 49,9% do capital da empresa (os americanos têm 50,1%) para nã levar um “calote”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário