O Índice de Preços ao Consumidor de maio, divulgado hoje pela Fipe, comprova que é hora de, pelo menos, evitar novas medidas de desaquecimento da economia. A taxa de 0,31 % apurada no consumo das famílias paulistanas de renda entre um e 20 salários mínimos é a menor desde julho do ano passado. Novas medidas, agora, significariam o risco de jogar o menino (o crescimento econômico) fora, junto com a água do banho, a inflação.
Uma coisa é a percepção de que os preços encareceram – porque encareceram mesmo, em relação a meses atrás – e outra, bem diferente, é se estes preços continuam em evolução.
Preparei – e coloco aí ao lado – um comparativo dos gráficos mensais de inflação registrados neste ano e no ano passado. Melhor mostrar do que ficar de blá-blá-blá. O movimento sazonal dos primeiros meses do ano (reajuste de transportes, alta dos alimentos com verao/chuva, mensalidades escolares, impostos, etc – é idêntico. O acumulado nos primeiros cinco meses do ano idem: 3,06% em 2010, contra 3,14% em 2011.
A série só não é mais favorável este ano por conta do aumento dos combustíveis -e vou tratar do tal “plano” para o etanol num próximo post.
Como a gente vem sustentando desde a volta do Tijolaço, não é nenhuma inflação estrutural em nossa economia.
O que há, sim, é um intenso movimento de pressões político-econômicas, onde a mídia joga um papel decisivo, que exige de nosso Governo muito sangue frio e pouco medo de cara feia.
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