Em sinal de protesto por causa da conclusão do caso Cesare Battisti, que teve a sua extradição negada pelo governo Lula, ratificada ontem pelo STF, que decidiu pela competência do governo para tal, na Itália surge um movimento para boicotar a vinda da seleção de futebol daquele país à Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
A ameaça chegou ao conhecimento da Fifa, que prontamente rechaçou a possibilidade e levantou a hipótese de aplicar sanções à Itália caso o boicote se realize.
"Se isso ocorrer, será o Comitê Executivo da Fifa que deverá tomar uma decisão no tocante a aplicação de punição a Federação Italiana de Futebol, disse o porta-voz da entidade, Pekka Odriozola, que recordou que, nunca houve uma renúncia voluntária ou por questões políticas.
Autoridades políticas italianas, entre elas o ministro da Simplificação Normativa, Roberto Calderoli, cogitam não participar do Mundial como forma de protesto pela decisão brasileira de negar a extradição do ex-militante Cesare Battisti.
Com todo respeito pelo povo italiano e por seus governantes, está havendo um excesso de “declarações desaforadas”, quem pensam que são para afrontar o direito do Brasil em decidir soberanamente. Errada ou certa, a decisão está tomada, e Battisti fica no Brasil. A Itália pode até manifestar seu desacordo, mas, deve fazer isso de forma respeitosa, e parar, seja através de quem for, de pensar que pode ameaçar o Brasil e seu governo.
Caso passem pelas Eliminatórias e se credenciem a disputar a COPA de 2014 no Brasil, serão muito recebidos. Se entenderem, porém, de levar o caso Battisti para o campo absurdo da radicalização e deterioração das boas relações entre os dois países, deixando com isso de vir para a Copa do Mundo, que o façam unilateralmente.
Só não esperem que o Brasil se curve a qualquer imposição ou volte atrás na sua decisão.
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