sexta-feira, 17 de junho de 2011

Já estamos em deflação. E vamos seguir com “jurão”?



Há tempos a gente vem alertando sobre o perigo recessivo que aparece no horizonte da economia brasileira, como resultado da constinuidade de um política de elevação de juros que, em nome de evitar que uma inflação pontual se generalizasse, está fazendo perder o ímpeto do crescimento em grau maior que o indispensável à prudência.


O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) da Fundação Getúlio Vargas ficou negativo em 0,22%, em junho, contra uma taxa positiva, em maio, de 0,55%.Isso não acontecia desde 2009, quando o Brasil sofria os efeitos da grande crise mundial.


O IGP-10 é calculado com base nos preços verificados entre os dias 11 de maio e 10 de junho. É iniciado e encerrado dez dias antes do IGP-M, um dos indicadores mais importantes de inflação e o indexador dos reajustes de aluguéis.


A queda de preços ocorreu tanto no segmento empresarial (bens industriais e materias primas) quanto no consumo. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou -0,69%, em junho, contra 0,26% em maio. Já o Índice de Preços ao Consumidor registrou variação de 0,10%, em junho, ante 0,98%, em maio. Alimentos e transportes registraram as maiores quedas.


Claro que seria apressado mudar toda a política monetária em função de um único indicador, mas este é um sinal que não pode ser ignorado. Se o Governo, apesar da ANP, evitar um repique dos preços do etanol, tudo indica que também não teremos inflação longe do zero em julho.


Na crise mundial, o BC resistiu ao Governo Lula e só com três meses de atraso aceitou baixar a taxa de juros e reaquecer a economia. Agora, insiste em ficar afirmando sua “austeridade” para agradar os lobos financeiros afirmando que o “ajuste” (leia-se, manutenção de juros altíssimos) será prolongado.


Daqui a pouco, quando estiver numa máquina melhor, a gente coloca um gráfico da evolução da inflação, mostrando isso que está explicado aí.


Nenhum comentário: