quinta-feira, 12 de maio de 2011

Ação da Petrobras faz preço do etanol cair até 20%




A Petrobras cumpriu a promessa e reduziu nesta quarta-feira, 11, os preços da gasolina e do etanol para seus postos revendedores do estado de São Paulo. O índice de redução foi diferenciado por regiões e variou entre 3% e 9% para a gasolina e de 8% a 20% para o etanol, dependendo da proximidade com os centros de distribuição da BR Petrobrás, a distribuidora da companhia. A redução de preços também foi acompanhada pela distribuidora Ipiranga, mas em menores porcentuais. As duas distribuidoras respondem por mais de 3 mil dos 8,7 mil postos revendedores do estado de São Paulo. Na capital paulista, cerca de 40% dos 2,3 mil postos da cidade representam as duas bandeiras.


De acordo com o presidente do Sindicato dos Revendedores de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia, na capital paulista, os preços caíram em R$ 0,20 para o etanol e entre R$ 0,05 e R$ 0,08 para a gasolina. Segundo ele, os postos da BR e Ipiranga, que até ontem pagavam R$ 1,74 passaram a pagar R$ 1,54 pelo litro de etanol, uma queda de 11,4%. No caso da gasolina, os preços caíram de R$ 2,50 para R$ 2,42 (-3,2%) nos postos BR e de R$ 2,50 para R$ 2,46 (-1,6%) nos revendedores da Ipiranga.


No interior de São Paulo, a queda foi maior, informaram os revendedores. Na região de Marília, por exemplo, o preço do etanol para os postos BR recuou 19,4%, de R$ 1,80 para R$ 1,45; e o da gasolina 6,3%, de R$ 2,52 para R$ 2,36. “Comprei 10 mil litros de etanol com o novo preço e já repassei a queda para os consumidores”, diz Alair Fragoso, dono de um posto BR na cidade de Pompéia, e diretor do Sincopetro na região de Marília. Em Araçatuba, os postos das duas bandeiras, que pagavam R$ 2,68 o litro de gasolina, passaram a pagar nesta quarta R$ 2,45, uma queda de 8,5%. Já o etanol, que era comprado a R$ 1,71 foi adquirido nesta quarta por R$ 1,58 o litro, uma redução de 7,6%.


O presidente do Sindicato parece não ter ficado muito feliz com a ação do Governo – será que preferia que as distribuidoras vendessem mais caro? Ele diz que “no caso da gasolina, a grande queda anunciada não foi tanta”. Oito e meio por cento não “é tanto”? Se o frentista pedir 8,5% de aumento no salário ele vai achar um descalabro! Para ele, a redução é uma tentativa do governo em reduzir os índices inflacionários de maio. “A Petrobras paga a conta, mas ninguém sabe a que preço”.


O Sr. Gouvea, em lugar de posar de Miriam Leitão dos retalhistas, deveria era estar reclamando que ainda está caro demais o preço da distribuidora, porque R$ 1,54 para o litro de ácool que está saindo a R$ 1,01 para os usineiros lá em Paulínia (dado de hoje, fresquinho) ainda é caro demais.


Tem é de cobrar que essa “entrada de sola” da BR Distribuidora aaconteça no país inteiro, porque do Rio, por exemplo, os telefonemas não param aqui: “queremos também, é só pra São Paulo?”.


Para desespero dos aproveitadores, é o bom e velho Estado, aquele que os neoliberais só lembram que existem quando tem de cobrir o rombo da empresas, fazendo o que tem de fazer: defender a população.


A propósito, alguém sabe da ANP? Sua a área de combustíveis, a última notícia que tive dela foi a de ter colocado ontem no ar uma pesquisa de preços dos postos de gasolina que, apesar de teoricamente ter sido feita na semana passada , registrava exatamente os mesmos preços “recolhidos” na semana anterior em alguns postos que pesquisei.
Que coisa, né?

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