sexta-feira, 27 de maio de 2011

Não berrem nos ouvidos das crianças




Uma notícia curiosa, que eu não sabia, sobre uma coisa que todo mundo já sabia, saiu agora há pouco na coluna Digital & Midia, sempre muito boa, do jornal O Globo.


É que a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de São Paulo entrou com uma ação contra a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para que seja regulamentada lei que proíbe o aumento do volume nos intervalos comerciais de rádio e televisão.


Um estudo realizado em fevereiro pelo Ministério Público Federal comprovou o que todo mundo já sabia : há um aumento de até cinco decibéis entre a programação normal e os vídeos publicitários. E um detalhe cruel: é na programação infantil que as diferenças são maiores.


As emissoras negam que haja diferença, mas alegam que cumprir a Lei 10.222, de 2001, que manda padronizar o volume das emissoras epune com suspensões de 30 a 90 dias as que puserem os comerciais a berrar dependem de que haja um decreto do Executivo.


Que cara de pau, não é? Incomodam as pessoas, descumprem a lei e violam o direito dos seus espectadores e ainda vêm com essa: de que é preciso um decreto para que se comportem civilizadamente.


A Anatel, claro, como uma instituição coerente com sua história de inutilidade, não tá nem aí e diz que não é com ela.


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