terça-feira, 10 de maio de 2011

O governador Richa consegue: Justiça mantém censura a blogueiro




Beto Richa, um derrotado herói da liberdade de expressão




Extraído do blog do Altamiro Borges:

Justiça mantém censura a blogueiro do PR


O juiz Austregésilo Trevisan, da 17ª Vara Cível de Curitiba, a pedido do governador Beto Richa (PSDB), decidiu manter ontem (4) a censura ao jornalista Esmael Morais, proprietário do “Blog do Esmael” (http://esmaelmorais.com.br).


Fora do ar há 28 dias, o “Blog do Esmael” é uma das principais páginas no Paraná especializada em política e cidadania. Esmael Morais informa que seus advogados vão recorrer ao Tribunal de Justiça nas próximas horas.


O blogueiro é alvo de uma ação por danos morais em virtude de postagens que fez denunciando o uso de caixa 2 pelo tucano nas eleições de 2008, quando foi reeleito prefeito de Curitiba. Richa alega ter sofrido “abalo emocional” com as críticas recebidas pelo site.


Além de destacar o caixa 2 tucano, o blog vinha criticando o nepotismo no governo do estado e o aluguel de helicópteros, sem licitação, no valor de R$ 2 milhões pelo período de três meses.
“É um absurdo que minha página pessoal esteja censurada. É caso único no país, um atentado à liberdade de expressão em pleno Estado de Direito Democrático”.


O blogueiro censurado nega que tenha ofendido pessoalmente o governador Beto Richa. “Eu nunca me interessei por questões pessoais de ninguém. O meu blog sempre discutiu e vai continuar discutindo política, políticas públicas e cidadania”, afirma.


Morais garante que está sendo vítima de uma implacável perseguição política promovida pelo governador paranaense. “O que eu publiquei os demais órgãos de imprensa também publicaram fartamente”, ressalta.


Por solicitação de Richa, o “Blog do Esmael” já foi retirado do ar quatro vezes pela Justiça. “Atrás da máscara de bom moço, está um governador rancoroso e autoritário que não suporta o exercício do contraditório”, critica.


Nas eleições de 2010, Beto Richa censurou pesquisas de opinião realizadas por institutos nacionais como Datafolha, Vox Populi e Ibope. Também investiu contra reportagens em revistas, jornais e portais de notícias.



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