sábado, 14 de maio de 2011

Governo vai conter importação “pirata”




No final da noite de ontem, a Reuters divulgou que o governo brasileiro prepara medidas para proteger a indústria nacional frente à desvalorização do dólar, incluindo a investigação sobre produtos chineses que entram indevidamente no país por outros países, para gozarem de imunidade ou redução de impostos.


Oministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse que a investigação da chamada “triangulação” de bens será a primeira do tipo no país. O primeiro caso envolverá cobertores vindos da China que chegaram ao Brasil via Paraguai e Uruguai.


A decisão, segundo a reportagem deveu-se ao fato de o dólar está relativamente próximo das mínimas da década, “graças à força da economia brasileira e à avalanche de capitais oriunda do mundo desenvolvido”. “O real já acumula ganho de pouco mais de 42 cento desde 2009, sendo considerado pelo Goldman Sachs a moeda mais sobrevalorizada do mundo dentre as principais”, afirma a Reuters.


“Não podemos ficar parados assistindo a nossa indústria ser devastada pela taxa de câmbio, que não vai mudar no curto prazo”, afirmou Pimentel.


É corretíssimo isso, mas o Estado brasileiro tem de zelar para que isso não nos crie atritos com os países do Mercosul e resover logo essa ameaça de crise com a Argentina na importação de automóveis. Todo o diálogo é pouco, para manter uma conta comercial que nos é amplamente favorável com los hermanos. A segunda é cobrar que a indústria nacional não transforme essa proteção e lucro, mas em investimento em eficiência e emprego.


E, sobretudo, sabendo que não são os “cobertores chineses” que drenam nossa economia e elevam nossos custos, mas a especulação financeira que vem de fora, como carradas de dólares, ganhar nos juros que escorcham os que querem produzir aqui.




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