quinta-feira, 5 de maio de 2011

A queda de braço do dólar começa a se reverter




Há um mês atrás, quando o governo decretou medidas para conter o despejo de dólares na economia brasileira, que estava distorcendo o crédito e servindo para uma grossa especulação com títulos da dívida brasileira, escrevi aqui que haveria uma queda de braço em torno do valor da moeda norte americana.


E expliquei: “o jogo será pesado. Há um volume monstruoso de dinheiro “apostado” no dólar baixo, coisa de dezenas de bilhões. Vão forçar a mão e contar com a mídia divulgando(…) que as medidas “falharam”.


Hoje o dólar voltou ao patamar de R$ 1,60. E, na Reuters, a explicação:


“Para Alfredo Barbutti, economista-chefe da BGC Liquidez, a alta do dólar nos últimos dias pode ser atribuída a ajustes de investidores após a moeda ter se aproximado na semana passada das mínimas em 12 anos contra o real.


“Para ficar vendido naquele nível de 1,57 real num ambiente de fluxo menor você precisa ter argumento. Você pode fazer isso não a um patamar de 1,57 real, mas talvez em 1,60 real”, disse.

Dados da BM&FBovespa mostram uma forte redução nas apostas de investidores estrangeiros a favor do real. Os dados mais recentes disponíveis, na terça-feira, mostravam que os não-residentes sustentavam 15,51 bilhões de dólares em posições vendidas nos mercados de dólar futuro e cupom cambial (DDI), bem menos que os 18,71 registrados há uma semana.”


Os apressados, os que acham que o “mercado” é um aglomerado de pessoas inocentes, que pensam a economia como pensamos nós – resultado do trabalho, da poupança, do investimento – e não como um jogo de pressões e manobras, viram como foi importante a persistência do Ministro Giudo Mantega, que não cedeu aos urubus e começa a ter sinais sucesso.


Por enquanto, porque como diz o título do filme de Michael Moore, o dinheiro nunca dorme.



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