quarta-feira, 4 de maio de 2011

Etanol baixa mais, mas não na bomba.





O Tijolaço vai seguir fazendo o que a imprensa e a ANP deveriam estar fazendo todo dia: mostrando que não há razão para não haver redução imediata e significativa do preço do etanol hidratado nos postos de abastecimento.


A queda do preço nas distribuidoras, que acumulava até ontem redução de 15,4% em relação a sexta-feira retrasada (dia 22 de abril) caiu de novo hoje, e fortemente. Agora, o metro cúbico de etanol combustível está em R$ 1.210, ou R$ 1,21 o litro, ou 18,9% a menos. Com impostos e margem de revenda, deveria saria a R$ 1,81 na bomba. O que tornaria o etanol mais econômico que qualquer preço da gasolina acima de R$ 2,59, pelo fator de 70% de rendimento.


Mas, nos postos, o preço, quando cai, cai a conta-gotas. E enquanto o preço não cai de verdade, a frota de carros flex continua pressionando o consumo de gasolina. Hoje, a Petrobras anunciou a importação de mais um milhão de barris - seis dias de consumo – para ter uma reserva de segurança.


O presidente da Federação das Distribuidoras de Veiculos, Sérgio Reze, acusou a “a ganância do setor sucroalcooleiro” de ser uma das responsáveis pelo aumento de preços do etanol. Segundo ele essa indústria nunca devolveu à sociedade os benefícios que recebeu com o Proálcool. Ele culpou ainda a inação do governo, que nunca interviu no setor. “A decisão de transferir a responsabilidade sobre o etanol para a Agência Nacional do Petróleo mostrou que o “governo acordou” para o problema.”, disse ele.


O Governo acordou. A ANP, nem tanto.


PS. O deputado Brizola Neto está na Câmara, negociando um acordo unânime dos líderes partidários que facilite a votação de urgência do projeto da Comissão da verdade, enviado por Lula ao Congresso ano passado. Assim que as coisas se definirem, ele volta para relatar o que aconteceu.


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